Rio de Janeiro – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o
Ministério da Saúde começaram ontem (12) a fazer coletas de dados para a primeira
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Além do questionário com perguntas sobre a
saúde da população, a pesquisa fará, pela primeira vez, um levantamento nacional
domiciliar com aferição de pressão arterial, medição de peso/altura e coleta de
sangue e urina.
A pesquisa vai durar três meses e será feita em duas etapas. Na primeira
etapa, os entrevistadores do IBGE visitarão 80 mil domicílios em 1,6 mil
municípios do país, com um questionário que terá perguntas sobre os moradores
daquela casa, como cobertura do plano de saúde, utilização dos serviços de saúde
e a situação de pessoas com mais de 60 anos, crianças com menos de dois anos e
pessoas com deficiência.
Em seguida, um morador maior de idade será selecionado aleatoriamente pelo
computador do IBGE para responder a perguntas mais específicas, como a percepção
de seu estado de saúde, acidentes e violências sofridas, estilo de vida, doenças
crônicas, saúde da mulher, acompanhamento pré-natal, saúde bucal e atendimento
médico.
A pessoa escolhida terá sua altura, peso e circunferência da cintura medidos,
além de ter sua pressão arterial aferida. Em uma segunda etapa, da qual
participarão apenas cerca de 25% dos domicílios, um laboratório credenciado pelo
Ministério da Saúde marcará visita domiciliar para fazer coleta de sangue e
urina.
O exame de urina vai permitir a medição dos níveis de sódio, potássio e
creatinina. Já a análise do sangue permitirá que sejam conhecidas doenças como
diabetes, anemia e dengue. Também será possível saber os níveis de colesterol e
creatinina, substância que, por sua vez, pode apontar a existência de problemas
renais na pessoa.
Segundo a diretora do Departamento de Análise da Situação da Saúde do
Ministério da Saúde, Deborah Malta, as informações permitirão que os gestores
públicos possam planejar suas estratégias.
“Vamos analisar tanto os acessos a serviços, quanto a existência de doenças
crônicas como a diabetes e a hipertensão. Também vamos conhecer outras questões
relacionadas ao comportamento de saúde. Todas essas informações vão apoiar o
Ministério da Saúde no desenvolvimento de políticas públicas de promoção,
prevenção e controle das doenças”, disse.
Os entrevistados poderão depois ter acesso aos resultados dos exames. Quem
tiver problemas de saúde constatados, receberá orientação para procurar o
sistema de saúde. O IBGE e o Ministério da Saúde pedem aos moradores dos
domicílios selecionados que colaborem com a pesquisa. A expectativa é fazer o
levantamento de cinco em cinco anos, mas ainda não há previsão para a divulgação
dos resultados dessa primeira edição.
Fonte Agência Brasil
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