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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Empresa paranaense aposta em solução para reduzir filas do SUS

Nagis Health, empresa do grupo Ecom, aguarda processos de licitação para fornecer UERs ao setor público; sob modelo de franquias, empresa espera comercializar 40 unidades no primeiro ano
 
Unidades de Exames Rápidos, capazes de realizar exames laboratoriais e de imagens – diagnósticos e de prevenção (checkup) – em minutos através de uma estrutura compacta (ou móvel), podem ser a solução para as intermináveis filas no Sistema Único de Saúde (SUS). Ao menos esta é a posta da Nagis Health, empresa do grupo Ecom, de Curitiba (PR).
 
Em entrevista exclusiva ao portal Saúde Web nesta segunda-feira (12), o diretor da empresa, Wagner Marques, afirmou que em apenas dois dias de prospecção de clientes na capital paulista, ele espera vender aproximadamente 40 UERs no Brasil, entre unidades fixas e móveis. Parte delas para o setor público, no qual entre 50% e 70% dos pacientes nas filas nas unidades de saúde esperam para apresentar exames simples aos médicos em consultas de “retorno”.
 
A Nagis, que apresenta a solução aos clientes desde o primeiro semestre, já aguarda o lançamento de processos de licitação em algumas localidades. Apesar de não apostar todas as fichas no setor público, a empresa observa esta lacuna para crescer.
 
“Criamos as UERs para serem baratas, viáveis, com capacidade de realizar exames com preço próximo ao valor do SUS, atualmente bastante defasado”, explica Marques, referindo-se à redução de custos possível através do sistema. Uma unidade fixa exige investimento inicial de R$ 300 mil, enquanto a móvel (montada na parte interna de uma van) sai por cerca de R$ 500 mil, valor “próximo do que custa um único equipamento de medicina diagnóstica comprado pelos hospitais”.
 
Segundo a empresa, as UERs podem funcionar dentro de policlínicas, clínicas médicas, hospitais e unidades de saúde públicas, como unidades básicas e unidades 24h. Alguns projetos estão sendo montados para atender secretarias de Esportes (para atender eventos esportivos), de Educação (escolas) e de Justiça. Neste último caso, explica Marques, a ideia é evitar as caras e perigosas operações de deslocamentos de detentos que precisem realizar exames.
 
Na área privada, a Nagis aposta que a solução possa acelerar iniciativas de medicina ocupacional, com exames detalhados de checkup sendo usados para pautar políticas de saúde corporativa. Segundo Marques, a empresa – que fez pedido de patente da tecnologia das UERs em 120 países – possui acordos de adoção na América Latina (Colômbia), e acordos prévios da Europa (Inglaterra e França), África (Angola) e EUA. “É um projeto internacional, com tecnologias de vários países incorporadas”, explica o executivo.
 
Em detalhes
O modelo de aquisição das UERs é o de franquias, chamado de Health Club. O custo inclui infraestrutura e o processo de capacitação dos profissionais que vão operar as unidades. A Nagis assume a responsabilidade pelo suporte à tecnologia da plataforma. Marques espera que o modelo seja “amplamente utilizado no Brasil, tanto na área pública, como na privada”.
 
A primeira unidade franqueada no País foi a Policlínica Capão Raso, em Curitiba (PR). As unidades – fixas ou móveis – são operadas por profissionais de saúde, como biomédicos e enfermeiros. Elas oferecem exames diagnósticos convencionais de sangue e imagem, além de exames de urgência, emergência e infectocontagiosos.
 
É possível utilizar as UERs para a realização de checkups auxiliados por um software avançado, que ajuda na detecção precoce e risco de doenças. Conectado à nuvem, o programa utiliza recursos de telemedicina e fornece protocolos de auxílio ao médico, recomendando as terapias mais adequadas de acordo com os resultados dos exames de cada paciente.
 
“O sistema calcula o grau de risco para determinadas doenças e o grau de certeza diagnóstica, fornecendo um dossiê completo do paciente”, explica Marques. O cruzamento de informações na nuvem auxilia na realização de exames complementares, além de informar o grau de risco ao qual o paciente está submetido e quais hábitos devem seguir para ajudar na melhoria da qualidade de vida.
 
Fonte SaudeWeb

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