Foto: M Nota / Stock.xchng População masculina com mais de 50 anos de idade já chega a quase 18 milhões no Brasil |
Especialista explica o que é a doença, os sintomas e como é feito o tratamento
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma doença que a maioria das pessoas desconhece. A boa notícia, contudo, é que é provável que esse cenário mude brevemente.
Isso porque, segundo análise realizada no ambulatório de urologia do Centro de Referência da Saúde do Homem, ela acomete 25% da população masculina com mais de 50 anos. A partir dos 65 anos, este número cresce para 30% e, após os 80 anos, a taxa de incidência da doença chega a 90%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população masculina com mais de 50 anos de idade já chega a quase 18 milhões no Brasil. Este cenário evidencia que teremos o crescimento de novos casos da HPB, já que, segundo especialistas, todo homem um dia terá problemas na próstata.
Na região sul, o número de homens que podem desenvolver a doença chega a quase 3 milhões. Embora os índices não sejam nada modestos — e bastante preocupantes — continua-se falando muito pouco sobre a hiperplasia.
O membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e responsável pelo Ambulatório de saúde masculina do Hospital de Base de São José do Rio Preto, Fernando Nestor Facio Jr., acredita que os homens deveriam dar mais atenção para a hiperplasia.
O problema é caracterizado como uma manifestação no tecido prostático que compromete muito a vida dos seus portadores, pois além dos problemas clínicos — como a compressão da uretra/bexiga, obstrução da saída da urina, hidronefrose e insuficiência renal —, a doença também afeta a qualidade de vida.
— Muitas vezes, os homens quem tem a doença não conseguem fazer atividades normais do dia a dia, como ir ao cinema ou tomar água quando faz uma viagem. Além disso, o sono também é prejudicado, já que é preciso levantar várias vezes à noite para usar o banheiro — alerta.
Mas não se desespere. A boa notícia para os brasileiros é a chegada da primeira terapia combinada — associação de dutasterida e tansulosina — para o tratamento da doença. Ela alivia mais rapidamente os sintomas que incomodam o paciente, permitindo que sua próstata não cresça, ou seja, que não aconteça o desenvolvimento do problema.
De dose única e oral, a terapia oferece resposta rápida, custo acessível e potencial de diminuir em 70% o número de cirurgias causadas pela doença. Nestor lembra, entretanto, que para o tratamento dar certo, é necessário que o paciente faça o uso diário da medicação, já que o HPB se trata de uma doença crônica.
As barreiras do medo e do preconceito
Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia revelou que 77% dos homens não realizam o exame de toque por preconceito e 54% por medo. Desses, cerca de 68% nunca realizaram o exame.
Segundo Nestor, os índices são preocupantes. Ele alerta que o motivo para isso é que, mais importante que um tratamento correto, é a prevenção da doença.
— Somente quando o paciente assume a postura de fazer a prevenção ele tem a oportunidade de receber a terapia. Se ele ficar protelando isso, é bem provável que desenvolva um grau de obstrução onde a única alternativa é a cirurgia — explica.
Segundo o especialista, a partir dos 40 anos, todo o homem deveria procurar anualmente um urologista. O toque retal é extremamente importante para o exame físico, e ajuda a fazer o diagnóstico diferencial se o paciente está com hiperplasia ou câncer de próstata.
Embora o HBP, como o próprio nome diz, seja um crescimento benigno, ou seja, nada tem a ver com o câncer, ele pode causar diversos problemas, como o surgimento de urina residual na bexiga, o aumento da espessura seguido de afinamento da parede vesical, a dilatação dos ureteres (canais que unem os rins à bexiga), e dilatação renal com diminuição da sua função.
Isso porque, segundo análise realizada no ambulatório de urologia do Centro de Referência da Saúde do Homem, ela acomete 25% da população masculina com mais de 50 anos. A partir dos 65 anos, este número cresce para 30% e, após os 80 anos, a taxa de incidência da doença chega a 90%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população masculina com mais de 50 anos de idade já chega a quase 18 milhões no Brasil. Este cenário evidencia que teremos o crescimento de novos casos da HPB, já que, segundo especialistas, todo homem um dia terá problemas na próstata.
Na região sul, o número de homens que podem desenvolver a doença chega a quase 3 milhões. Embora os índices não sejam nada modestos — e bastante preocupantes — continua-se falando muito pouco sobre a hiperplasia.
O membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e responsável pelo Ambulatório de saúde masculina do Hospital de Base de São José do Rio Preto, Fernando Nestor Facio Jr., acredita que os homens deveriam dar mais atenção para a hiperplasia.
O problema é caracterizado como uma manifestação no tecido prostático que compromete muito a vida dos seus portadores, pois além dos problemas clínicos — como a compressão da uretra/bexiga, obstrução da saída da urina, hidronefrose e insuficiência renal —, a doença também afeta a qualidade de vida.
— Muitas vezes, os homens quem tem a doença não conseguem fazer atividades normais do dia a dia, como ir ao cinema ou tomar água quando faz uma viagem. Além disso, o sono também é prejudicado, já que é preciso levantar várias vezes à noite para usar o banheiro — alerta.
Mas não se desespere. A boa notícia para os brasileiros é a chegada da primeira terapia combinada — associação de dutasterida e tansulosina — para o tratamento da doença. Ela alivia mais rapidamente os sintomas que incomodam o paciente, permitindo que sua próstata não cresça, ou seja, que não aconteça o desenvolvimento do problema.
De dose única e oral, a terapia oferece resposta rápida, custo acessível e potencial de diminuir em 70% o número de cirurgias causadas pela doença. Nestor lembra, entretanto, que para o tratamento dar certo, é necessário que o paciente faça o uso diário da medicação, já que o HPB se trata de uma doença crônica.
As barreiras do medo e do preconceito
Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia revelou que 77% dos homens não realizam o exame de toque por preconceito e 54% por medo. Desses, cerca de 68% nunca realizaram o exame.
Segundo Nestor, os índices são preocupantes. Ele alerta que o motivo para isso é que, mais importante que um tratamento correto, é a prevenção da doença.
— Somente quando o paciente assume a postura de fazer a prevenção ele tem a oportunidade de receber a terapia. Se ele ficar protelando isso, é bem provável que desenvolva um grau de obstrução onde a única alternativa é a cirurgia — explica.
Segundo o especialista, a partir dos 40 anos, todo o homem deveria procurar anualmente um urologista. O toque retal é extremamente importante para o exame físico, e ajuda a fazer o diagnóstico diferencial se o paciente está com hiperplasia ou câncer de próstata.
Embora o HBP, como o próprio nome diz, seja um crescimento benigno, ou seja, nada tem a ver com o câncer, ele pode causar diversos problemas, como o surgimento de urina residual na bexiga, o aumento da espessura seguido de afinamento da parede vesical, a dilatação dos ureteres (canais que unem os rins à bexiga), e dilatação renal com diminuição da sua função.
Zero Hora
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