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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Bactéria comum encontrada na boca desencadeia câncer colorretal

Fusobacterium nucleatum
Equipe dos EUA criou peptídeo capaz de impedir ação do micro-organismo que acelera acúmulo de células cancerosas no cólon
 
Pesquisadores da Case Western Reserve University of Dental Medicine, nos EUA, descobriram como uma bactéria oral comum pode contribuir para o câncer colorretal.
 
A descoberta abre novas e promissoras possibilidades de pesquisa para o desenvolvimento de abordagens capazes de prevenir e tratar a doença.
 
O estudo, publicado na revista Cell Host & Microbe, sugere que a bactéria Fusobacterium nucleatum (Fn) pode acelerar o acúmulo de células cancerosas.
 
Os pesquisadores também desvendaram como impedir o micro-organismo de se unir a células do cólon e, potencialmente, desencadear uma cascata de alterações que podem levar ao câncer.
 
As últimas descobertas avançam pesquisas de 2011, em que o líder da pesquisa Yiping Han e sua equipe identificaram uma molécula adesiva na superfície da bactéria Fn, chamada FadA, que pode se anexar à VE-caderina, receptor celular do grupo caderina em vasos sanguíneos.
 
Depois que Han e seus colegas concluíram o trabalho sobre FadA e VE-caderina, pesquisadores da Universidade de Harvard e da Universidade de British Columbia descobriram que a presença de Fn foi maior em tumores malignos em comparação com o tecido circundante.
 
A equipe suspeitou, então, que Fn interagia com as células do cólon de forma semelhante àquelas nos vasos sanguíneos e focou no câncer colorretal.
 
Controlando a capacidade de Fn para se anexar ao receptor VE-caderina nos vasos sanguíneos, a equipe descobriu como FadA se ligou ao receptor E-caderina nas células do cólon.
 
De acordo com os pesquisadores, essa união desencadeia uma proteína chamada beta-catenina, que, entre suas muitas funções, tem duas ações importantes no processo de câncer: uma resposta inflamatória que altera o sistema imunológico, e outra que estimula o crescimento de células do câncer.
 
A equipe desenvolveu um novo peptídeo sintético que impede FadA de se anexar a E-caderina e incitar ações que levam ao desenvolvimento do câncer.
 
"FadA pode ser utilizada como marcador de diagnóstico para a detecção precoce do câncer de cólon. Ela também pode ser usada para determinar se o tratamento funciona de forma eficaz a reduzir a carga de Fn no cólon e na boca", ressaltam os pesquisadores.
 
A equipe salienta ainda que os resultados sublinham a importância da saúde bucal. Fn é uma bactéria oportunista que aumenta drasticamente na doença gengival.
 
isaude.net

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