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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Dos pequenos aos médios, aumenta a corrida rumo à TI

Independente do porte e do nível de amadurecimento, tecnologia surge como pré-requisito para melhorar gerenciamento do processo de trabalho e qualidade dos serviços
 
Um laboratório detectou que os resultados de determinado exame exigiam atenção urgente de um médico, comunicando de forma imediata o paciente que, devido a essa agilidade, conseguiu sanar seu problema de saúde sem grandes complicações. Outra pessoa necessitava fazer a coleta de material para análise, mas, como não podia sair de casa, o laboratório enviou sua equipe à casa do cliente. No mesmo dia, já pôde visualizar o diagnóstico pela internet, com gráficos que mostravam, ainda, a evolução do laudo em relação a exames anteriores.
 
As histórias, relatadas por laboratórios de análises clínicas consultados pela reportagem, mostram apenas alguns benefícios que os investimentos em soluções de Tecnologia da Informação (TI) têm trazido ao mercado que, nos cálculos do executivo de TI da consultoria CG2 – Gestão do Conhecimento Científico, Roberto Gois, tende a investir mais de R$ 100 milhões na área, ainda neste ano.
 
Na visão do especialista, no que diz respeito a TI, um dos principais direcionamentos dos laboratórios é reforçar a segurança e a comodidade do paciente. “Nesse sentido, a certificação digital é fundamental para garantir tal segurança, já que impede a troca de resultados e protege sua privacidade”, detalha Gois.
 
De acordo com ele, outra tendência é a crescente liberação automática de exames, feita com base em algoritmos inteligentes e que permite ao laboratório economizar tempo e dinheiro, já que dispensa a necessidade de grandes equipes de colaboradores para checar resultados. “Dessa forma, somente resultados muito fora do padrão são confirmados por profissionais capacitados para interpretação”, detalha o executivo, lembrando que os laboratórios grandes têm, em média, mais da metade dos resultados liberados automaticamente.
 
Gois identifica, ainda, que as empresas maiores também investem na integração de ambientes tecnológicos já que, nos últimos anos, houve uma consolidação do mercado. Na mesma linha de pensamento o diretor da consultoria Veus Technology, Marcelo Botelho, afirma que as frequentes aquisições obrigam os laboratórios maiores a unificar diferentes plataformas tecnológicas. Além disso, o diretor destaca que, principalmente em instituições grandes, os ambientes apresentam alta complexidade sistêmica, em função do volume de informações que tratam, da vasta gama de exames realizados e da variedade de equipamentos de automação laboratorial. “Com isso, há a necessidade de contar com interfaces sistêmicas específicas, que garantam a correta comunicação das soluções de TI com cada aparelho”, observa o diretor.
 
Já entre as empresas menores, Botelho assegura que os investimentos ainda priorizam a compra de Sistemas de Informação Laboratorial (SIL ou Laboratory Information System, LIS, na sigla em inglês), que fazem a interface com os equipamentos técnicos, responsáveis pela execução dos exames de análises clínicas. “O uso da ferramenta é comum a laboratórios de todos os portes, com a diferença de que os menores a utilizam mais em processos operacionais”.
 
Segundo ele, para laboratórios menores, há dois cenários importantes, sendo o primeiro marcado por empresas que precisam atualizar ou substituir o LIS atual, em função do seu crescimento ou reestruturação. Já o segundo envolve companhias que alcançaram estabilidade operacional e buscam soluções para melhorar o atendimento ao paciente, criando novas formas de comunicação e acompanhamento das suas necessidades.
 
Botelho ressalta, ainda, a crescente demanda por ferramentas de armazenamento de imagem, conhecidas por PACS (Picture Archiving and Communication System). Nesse sentido, uma tendência é adquirir sistemas de armazenamento na nuvem, que são mais econômicos se comparados às ferramentas tradicionais de storage. “As imagens laboratoriais precisam ser guardadas por ao menos cinco anos, exigência que demanda altos investimentos em ambientes de armazenamento seguros”, explica.
 
Independente do porte da empresa, no entanto, cresce a procura por sistemas de gerenciamento do negócio, na avaliação de Alexandre Calegari, gerente de implantação da Shift, fornecedora de soluções que atua há 22 anos no mercado. “Em linhas gerais, as empresas também buscam ferramentas inteligentes que as ajudem, por exemplo, a identificar resultados críticos, que devem ser comunicados de forma imediata ao médico”, relata o gerente.
 
Ainda como demanda geral de laboratórios de todos os perfis, a diretora da consultoria Formato Clínico, Carmen Paz Oplustil, destaca os esforços para melhorar o atendimento ao cliente, tanto devido aos processos administrativos que envolvem as operadoras de saúde e as exigências da Agência Nacional de Saúde (ANS), como para garantir a segurança do paciente, na identificação das amostras. “A parte conhecida como pré-analítica, que envolve a coleta, é de extrema importância, na medida em que define a impressão de etiqueta com a informação dos exames e também os dispositivos que devem ser utilizados no procedimento”, reforça, lembrando que, para ela, um laboratório pequeno é aquele que realiza até 30 mil exames por mês.
 
SaudeWeb

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