Foro: Divulgação Carlos Lobbe dirige um hospital no Rio. Ele diz que a especialização é importante |
Quem está assistindo à novela “Amor à vida” acompanha as aventuras de diversos personagens que se desenrolam num hospital. Entre eles, Felix, o administrador que se atrapalhou, desviou dinheiro e foi afastado. Na prática, não há lugar para tal comportamento. A Administração Hospitalar é uma atividade complexa e requer preparo.
O administrador de uma unidade de saúde atua no planejamento, na organização e no gerenciamento dos processos de trabalho, envolvendo a área de gestão de pessoas, a de materiais e a de equipamentos. Em suma, tudo o que acontece no hospital passa por seu conhecimento. É ele também quem organiza e controla compras e custos, áreas de apoio e logística hospitalar, bem como acompanha e supervisiona contratos.
O campo de trabalho não se resume aos hospitais. Tania Furtado, coordenadora acadêmica do MBA em Executivo em Saúde da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que o curso dá suporte para o executivo modelar sistemas de inovação de gerenciamento não só de hospitais, mas também de clínicas de saúde, UPAs, órgãos governamentais e empresas, planos de saúde e laboratórios, entre outros.
“Hoje não há mais lugar para uma gestão que não seja profissional. Até anos atrás, a administração de um complexo hospitalar era passada como herança em uma família. No presente, isso é pouco comum”, afirma a coordenadora.
Segundo Tania, seja na posição de comando do hospital ou na chefia financeira, as direções exigem gestores profissionais. A chefia clínica deve ser sempre exercida por um médico, mas também com conhecimentos de executivo em saúde.
Carlos Lobbe, médico e diretor-geral do Hospital São Lucas, em Copacabana, afirma que administrar um hospital é buscar, em todas as esferas, o que é melhor e mais seguro para o paciente.
“É preciso colocar à disposição dele os vários recursos da instituição, mas tais recursos têm custos e cabe ao gestor gerenciar para que os gastos com o tratamento sejam inferiores à receita da instituição, garantindo sua sustentabilidade”, explica.
É nessa hora que o curso de especialização ou um MBA de Administração de Hospitais pode contribuir na tomada de decisões. Lobbe acha que a formação específica na área é importante. “Um MBA voltado para a área de saúde é ótimo porque se tem acesso aos conteúdos da área somados à matéria de um MBA de negócios normal. Pude aplicar o que aprendi no dia a dia do hospital”, completa o médico.
"Hoje não há mais lugar para uma gestão hospitalar que não seja profissional”.
O Fluminense
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