Doença afeta as articulações, causando dor, inchaço e rigidez |
A artrite reumatoide é uma doença autoimune crônica, em que o próprio organismo ataca juntas sadias, causando dor, inchaço, rigidez e, com a progressão da doença, perda da função articular, fadiga e fraqueza. O problema pode levar a uma redução da capacidade de desempenhar atividades rotineiras, como fechar o botão de uma blusa ou pegar uma criança no colo.
Segundo o professor da Faculdade de Medicina e chefe do serviço de reumatologia do Hospital de Clínicas, Ricardo Xavier, a doença pode afetar qualquer uma das articulações do corpo. Normalmente, inicia nas mãos ou nos pés, seguindo para os cotovelos, ombros, joelhos e quadris.
— É uma inflamação crônica das articulações, que persiste por todo o restante da vida — completa.
Estima-se que cerca de 1% da população mundial seja afetada pelo problema. A doença aparece, comumente, entre os 40 e 60 anos de idade, e afeta duas vezes mais mulheres do que homens, principalmente aquelas que estão saindo da menopausa.
Sua causa é desconhecida, mas os especialistas acreditam que pode estar associada a fatores genéticos e ambientais, determinadas infecções, hormônios femininos, resposta do organismo a episódios de extremo stress, traumas físicos ou emocionais. Se não for adequadamente controlada, pode causar dano permanente das juntas.
Sobre a pesquisa
Segundo a pesquisa O Impacto da Artrite Reumatoide no Brasil, 61% dos brasileiros entrevistados (contra 74% da média mundial) alegam ter um bom conhecimento sobre como controlar a doença, e 81% (contra 91% da média mundial) sabem que é fundamental controlá-la. Entretanto, 74% (contra 66% da média mundial) erroneamente acreditam que o dano articular pode ser reversível.
Mesmo que cerca de quatro em cinco pacientes brasileiros saibam que a artrite reumatoide exige cuidados constantes, somente três em cinco compreendem o caráter degenerativo da doença e que ela pode afetar outras partes do organismo, além das juntas.
— É preocupante o fato de muitos pacientes pensarem dessa forma, já que a erosão óssea provocada pela doença pode ser prevenida, mas não revertida — informa o especialista Roger Levy, Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e representante brasileiro junto à organização RA: Join the Fight, que quer aumentar o conhecimento da população sobre a doença.
Mesmo sem dor, a doença ainda pode apresentar riscos
Outro mito entre os brasileiros é acreditar (65%) que, na ausência de dor, a doença está sob controle — apesar de 58% admitirem que a artrite reumatoide é grave, progressiva e destrutiva.
Levy alerta, assim, que para prevenir os danos articulares, é fundamental que pacientes e médicos estabeleçam um plano de tratamento, mesmo quando a doença está sob controle. Isso deve incluir metas a serem cumpridas em determinados prazos, em relação à dor, ao inchaço e à rigidez das juntas.
Xavier acrescenta que, entre os principais cuidados, é importante praticar exercícios regularmente, sempre respeitando os limites de dor e desconforto do paciente.
A pesquisa alerta, ainda, que 95% dos entrevistados afirmam que a doença tem impacto negativo em pelo menos um dos aspectos de sua vida, sendo que para 35% ela prejudicou a capacidade de trabalho.
Outros dados
— 1/3 dos pacientes brasileiros declara que os seus relacionamentos foram afetados negativamente devido a artrite reumatoide
— 4/5 consideram fundamental seguir um plano de controle da doença, sendo que 7/10 afirmam segui-lo. 3/5 afirmam que esse plano de tratamento inclui a prevenção de novos danos articulares
— O tempo de diagnóstico da artrite reumatoide no Brasil é de cerca de três anos e meio, frente a oito anos na América Latina, e nove no mundo
— A primeira consulta com um reumatologista acontece depois de três anos e meio para os brasileiros, sete anos e meio para os latino-americanos e nove anos para o mundo
— 48% dos brasileiros precisam de ajuda para desempenhar atividades mais extenuantes, como ir ao supermercado fazer compras. 20% precisam de alguma ajuda diária, mas não de assistência 24h, e 3% necessitam de ajuda permanente
— 3/4 dos pacientes brasileiros acreditam que sua doença está sob controle
— 3/4 acreditam que o médico é a melhor a fonte de informação e 3/5 utilizam a internet para se informar
Segundo o professor da Faculdade de Medicina e chefe do serviço de reumatologia do Hospital de Clínicas, Ricardo Xavier, a doença pode afetar qualquer uma das articulações do corpo. Normalmente, inicia nas mãos ou nos pés, seguindo para os cotovelos, ombros, joelhos e quadris.
— É uma inflamação crônica das articulações, que persiste por todo o restante da vida — completa.
Estima-se que cerca de 1% da população mundial seja afetada pelo problema. A doença aparece, comumente, entre os 40 e 60 anos de idade, e afeta duas vezes mais mulheres do que homens, principalmente aquelas que estão saindo da menopausa.
Sua causa é desconhecida, mas os especialistas acreditam que pode estar associada a fatores genéticos e ambientais, determinadas infecções, hormônios femininos, resposta do organismo a episódios de extremo stress, traumas físicos ou emocionais. Se não for adequadamente controlada, pode causar dano permanente das juntas.
Sobre a pesquisa
Segundo a pesquisa O Impacto da Artrite Reumatoide no Brasil, 61% dos brasileiros entrevistados (contra 74% da média mundial) alegam ter um bom conhecimento sobre como controlar a doença, e 81% (contra 91% da média mundial) sabem que é fundamental controlá-la. Entretanto, 74% (contra 66% da média mundial) erroneamente acreditam que o dano articular pode ser reversível.
Mesmo que cerca de quatro em cinco pacientes brasileiros saibam que a artrite reumatoide exige cuidados constantes, somente três em cinco compreendem o caráter degenerativo da doença e que ela pode afetar outras partes do organismo, além das juntas.
— É preocupante o fato de muitos pacientes pensarem dessa forma, já que a erosão óssea provocada pela doença pode ser prevenida, mas não revertida — informa o especialista Roger Levy, Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e representante brasileiro junto à organização RA: Join the Fight, que quer aumentar o conhecimento da população sobre a doença.
Mesmo sem dor, a doença ainda pode apresentar riscos
Outro mito entre os brasileiros é acreditar (65%) que, na ausência de dor, a doença está sob controle — apesar de 58% admitirem que a artrite reumatoide é grave, progressiva e destrutiva.
Levy alerta, assim, que para prevenir os danos articulares, é fundamental que pacientes e médicos estabeleçam um plano de tratamento, mesmo quando a doença está sob controle. Isso deve incluir metas a serem cumpridas em determinados prazos, em relação à dor, ao inchaço e à rigidez das juntas.
Xavier acrescenta que, entre os principais cuidados, é importante praticar exercícios regularmente, sempre respeitando os limites de dor e desconforto do paciente.
A pesquisa alerta, ainda, que 95% dos entrevistados afirmam que a doença tem impacto negativo em pelo menos um dos aspectos de sua vida, sendo que para 35% ela prejudicou a capacidade de trabalho.
Outros dados
— 1/3 dos pacientes brasileiros declara que os seus relacionamentos foram afetados negativamente devido a artrite reumatoide
— 4/5 consideram fundamental seguir um plano de controle da doença, sendo que 7/10 afirmam segui-lo. 3/5 afirmam que esse plano de tratamento inclui a prevenção de novos danos articulares
— O tempo de diagnóstico da artrite reumatoide no Brasil é de cerca de três anos e meio, frente a oito anos na América Latina, e nove no mundo
— A primeira consulta com um reumatologista acontece depois de três anos e meio para os brasileiros, sete anos e meio para os latino-americanos e nove anos para o mundo
— 48% dos brasileiros precisam de ajuda para desempenhar atividades mais extenuantes, como ir ao supermercado fazer compras. 20% precisam de alguma ajuda diária, mas não de assistência 24h, e 3% necessitam de ajuda permanente
— 3/4 dos pacientes brasileiros acreditam que sua doença está sob controle
— 3/4 acreditam que o médico é a melhor a fonte de informação e 3/5 utilizam a internet para se informar
Zero Hora
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