Foto: Reprodução/TV Globo Órgãos para transplantes terão prioridade em voos de 5 companhias aéreas |
De acordo com Eduardo Sanovicz, presidente da Associação das Empresas Aéreas,
são raras as situações em que um passageiro precisa ceder a vaga para transporte
de órgão. "Geralmente é levado na cabine, mas algumas vezes é preciso o
acompanhamento de um médico. É importante estarmos preparados para essa
situação", disse.
Com o acordo, que inclui como participantes a
Secretaria de Aviação Civil e a Força Aérea Brasileira, as aeronaves que
estiverem transportando órgão passam a ter prioridade para pousos e decolagens.
O encarregado de acompanhar o órgão também terá prioridade no embarque e
desembarque.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, essa será a formalização de
uma relação que já existe, de forma voluntária, por parte das empresas aéreas.
"Nenhum passageiro será obrigado a não embarcar ou sair do avião para o
transporte do órgão", ressaltou o ministro, acrescentando que conta com a
solidariedade dos passageiros. O acordo inclui o transporte de hemoderivados e
outros tecidos enviados a locais de catástrofe.
De acordo com Sanovicz, diariamente são feitos 2.700 voos comerciais,
enquanto o transporte de tecidos e órgãos ocorrem em 35 voos por dia. O
transporte de órgãos é feito de forma gratuita pela empresa e, caso algum
passageiro precise ceder sua vaga, a empresa terá que realocar o cliente em
outro voo.
No próximo final de semana, uma equipe do SNT será instalada no Centro de
Gerenciamento de Navegação Aérea, localizado no Aeroporto Santos Dumont, no Rio
de Janeiro, para monitorar informações como voos disponíveis, conexões,
condições meteorológicas e aeroportos em reforma, por exemplo, para agilizar o
transporte. Essa equipe vai trabalhar 24 horas por dia, todos os dias da
semana.
Em alguns estados, quase 60% dos transplantes necessitam de logística aérea
comercial ou militar. No Distrito Federal, 61,1% dos transplantes de coração
precisaram de deslocamento aéreo.
O Ministério da Saúde espera aumentar em 10% o
número de órgãos sólidos transportados, que são os que exigem maior rapidez por
conta do tempo de falência biológica. Em 2012, 1.296 órgãos e tecidos foram
transportados. Este ano, até agora, foram feitos 3.514 transportes de órgãos.
Agência Brasil
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