Idosos com pressão alta podem receber um tratamento menos agressivo, com menos remédios, segundo novas diretrizes divulgadas ontem por um grupo de médicos americanos. Mas nem todos os especialistas concordaram com as conclusões do painel, incluindo a agência governamental que havia selecionado o grupo.
A definição de pressão alta não muda: 14 por 9. Mas, para quem tem mais de 60, o tratamento poderia começar a partir de uma pressão de 15 por 9.
Para adultos mais jovens, a meta continua a ser 14 por 9.
As diretrizes divulgadas ontem são baseadas em revisões de estudos publicadas desde a última mudança nas orientações, em 2003. Essas pesquisas sugerem que os idosos podem evitar infartos, derrames e problemas renais mesmo com a pressão um pouco acima dos níveis recomendados hoje.
Muitas pessoas precisam tomar duas ou três drogas para baixar a pressão. Isso poderia ser reduzido se a meta for mais elástica, segundo Paul James, membro do painel de especialistas que publicou suas conclusões na revista especializada "Jama".
O governo americano não endossou as conclusões do painel e vai aguardar novas diretrizes da American Heart Association e do American College of Cardiology, a serem publicadas em 2014.
Cardiologistas dessas organizações estão preocupados com as recomendações do painel. Cerca de metade dos pacientes tratados segundo as recomendações atuais já não chega à meta terapêutica. Há o temor de que isso piore com as novas diretrizes.
O painel afirmou que sua publicação contém só recomendações e que cada médico deve decidir o que fazer de acordo com as condições de seus pacientes.
Folhaonline
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