Michael Kooren/Reuters Joias implantadas no olho, que já são usadas há anos na Europa, são consideradas pouco seguras pelos médicos |
A técnica se originou na Europa, onde as joias oculares são implantadas há anos. Com anestesia, uma pequena incisão é feita na conjuntiva, a membrana fina e transparente que cobre a parte branca do olho, e lá o adereço é colocado.
Recentemente, a Academia Americana de Oftalmologia se mobilizou e emitiu um alerta sobre os perigos das joias colocadas nos olhos. O texto diz que não há evidências sobre a segurança do procedimento e pede que as pessoas não coloquem nos olhos qualquer tipo de material que não tenha sido aprovado pela FDA (agência que regula remédios e dispositivos médicos nos EUA).
A entidade diz ainda que os riscos envolvem perfuração do olho, conjuntivite, hemorragia e até cegueira causada por infecção grave ou sangramentos.
"Agredir dessa maneira uma estrutura tão delicada como o olho só aumenta a chance de problemas", afirma Virgílio Centurion, oftalmologista e diretor do IMO (Instituto de Moléstias Oculares), em São Paulo.
Segundo ele, um objeto estranho pode dificultar o piscar dos olhos e até rasgar o tecido ao coçar o olho, por exemplo. "Acho difícil tolerar isso a longo prazo, já que qualquer grão ou sujeira já nos incomoda tanto."
Ele diz desconhecer casos de implante de joias nos olhos no Brasil, mas soube de jovens que perguntaram aos médicos se era seguro colocar o enfeite. A resposta era não.
Folhaonline
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