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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Esquizofrenia atinge 1% da população mundial

Foto: Reprodução
Esquizofrenia atinge 1% da população mundial
Doença causa alucinações, delírios e distorções do pensamento, mas surtos não são comuns
 
Um surto de esquizofrenia está sendo apontado como a mais provável explicação para o comportamento de Daniel Coutinho, suspeito de matar o próprio pai, o cineasta Eduardo Coutinho, e ferir a mãe, Maria das Dores Coutinho, no último domingo, dia 02. Daniel teria esfaqueado os pais e depois tentado suicídio.
 
Situações como essa, em que a pessoa perde a noção da realidade e coloca em risco a vida de familiares e a sua própria, podem ocorrer com pessoas que sofrem com a esquizofrenia, apesar de não serem comuns. O transtorno psiquiátrico, que atinge cerca de 1% da população mundial e não tem cura, é caracterizado por causar delírios, alucinações, comportamento e fala desorganizados e diminuição na capacidade de expressar a afetividade.
 
— A esquizofrenia pode se apresentar de diversas maneiras. A pessoa com a doença pode ser desde alguém desleixado, agitado ou mesmo uma pessoa silenciosa, isolada e pouco ativa. O importante é estar atento a alterações no comportamento do indivíduo, principalmente em relação ao aparecimento de atitudes que possam parecer estranhas ou inusitadas para quem convive com ela — explica o psiquiatra da Associação de Psiquiatria do RS Tiago Crestana.
 
Os surtos da doença, como o que possivelmente sofreu Daniel Coutinho, não são comuns. Nesses momentos, o portador da doença age de uma maneira completamente diferente do seu padrão e normalmente é acometido de uma forte sensação de perseguição. Em muitos casos, ocorrem quando o paciente interrompe o tratamento.
 
— O paciente melhora e esquece que tem a doença, abandona o tratamento e aí fica sujeito ao surto — afirma o psiquiatra Jorge Jaber.
 
A esquizofrenia pode aparecer em qualquer fase da vida, mas normalmente ocorre entre os 10 e 25 anos para os homens e entre os 25 e 35 anos para as mulheres. Casos antes dos 10 anos de idade e depois dos 60 anos são raros.
 
As causas da doença ainda não são totalmente conhecidas. Sabe-se que a genética é responsável por, pelo menos, um terço dos casos. Fatores ambientais também são responsáveis por desencadear o problema, mas não há dados conclusivos de quais sejam eles. Apesar do sofrimento causado pelas distorções do pensamento e da percepção da realidade de quem convive com a doença, a evolução nos medicamentos e o apoio médico interdisciplinar permitem viver de forma normal
 
— Embora cada paciente tenha uma história própria e responda de maneira diferente aos tratamentos existentes hoje em dia, o tratamento adequado pode permitir que as pessoas levem uma vida independente, trabalhando e se relacionando — conclui Crestana.
 
O que é
A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico que leva a pessoa a sofrer distorções do pensamento e da realidade, alucinações ou estados de afeto inadequados, podendo chegar ao que os especialistas chamam de embotamento afetivo, quando a pessoa perde todas as suas reações emocionais. Para se caracterizar como esquizofrenia, esses sintomas devem persistir por um certo período, ao ponto de causar dificuldade na realização de tarefas diárias como o trabalho, os cuidados pessoais e as relações com outras pessoas. A esquizofrenia pode estar associada a outros transtornos psiquiátricos, entre eles, o abuso de substâncias como álcool, cigarro e drogas
 
Evolução
A evolução da doença varia bastante e está ligada à gravidades da doença e ao tratamento recebido. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento melhor para o paciente
 
Tratamento
Atualmente, a principal alternativa de tratamento são os medicamentos chamados de antipsicóticos. Procedimentos como eletroconvulsoterapia (ECT), conhecidos como eletrochoques, também podem ser usados. Normalmente os tratamentos são realizados por profissionais de diferentes especialidades

O que fazer em casos de surtos

Nos momentos de crise, as pessoas próximas devem procurar ajuda especializada o mais rápido possível. As alternativas podem ser contatar o médico da pessoa, caso ela já tenha um, ou buscar atendimento especializado através dos serviços de emergência

Zero Hora

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