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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Cem orgasmos por ano ajudam na proteção da saúde

Foto: Reprodução
Estudos indicam que a prática sexual ajuda a relaxar, diminui os sinais de envelhecimento e até previne câncer de próstata e de mama
 
Não que seja necessário algum motivo para fazer sexo, mas a medicina traz vários. Pesquisas de diferentes universidades mostram que a prática sexual regular contribui para uma vida mais saudável.
 
“O ato sexual pode melhor a qualidade de vida e a saúde do casal”, resume o ginecologista José Maria Soares Júnior, do Instituto da Mulher, ligado ao Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
 
Não precisa ser um atleta na cama, mas em alguns casos os benefícios são maiores para quem mantém relações sexuais mais frequentemente. Um estudo da Universidade de Bristol (Inglaterra) que monitorou mil homens durante 20 anos indicou que mortes repentinas por problemas de coração eram duas vezes mais comuns entre os participantes que disseram ter atividade sexual apenas baixa ou moderada.
 
A frequência também influencia um dos tipos de câncer mais comuns entre os homens, o de próstata. Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, feita com 30 mil pessoas, mostrou que ejacular de 13 a 20 vezes por mês diminui em até 14% a incidência da doença, e ter mais de 21 ejaculações por mês leva a uma diminuição de até 33%.
 
Nem sempre os estudos conseguem estabelecer uma relação precisa entre causa e efeito: quem faz mais sexo tem melhor saúde ou quem tem melhor saúde faz mais sexo? Mas é fato que um rala-e-rola bem feito libera substâncias que podem beneficiar o organismo. Por exemplo: a liberação do hormônio oxitocina que ocorre durante o sexo também ajuda na prevenção do câncer mais comum entre as mulheres: o de mama.
 
Cem orgasmos
“Trabalhos confirmam os benefícios do sexo, e 100 orgasmos ao ano é suficiente para a proteção da saúde”, diz o psiquiatra Sergio Klepacz, do Hospital Samaritano, de São Paulo. Ele afirma, por exemplo, que o sexo libera uma substância chamada dopamina, que estimula o sistema imunológico e a liberação de hormônios sexuais, “contribuindo para a diminuição dos sinais de envelhecimento”.
 
A dopamina, responsável pelas sensações de prazer e motivação, é um dos principais neurotransmissores liberados na relação sexual. “A sensação de prazer e satisfação pode durar horas ou dias, dependendo da pessoa em questão e do emocional envolvido nesta relação”, diz Klepacz. Ou seja, é um bom tratamento para os tensos. “A prática sexual pode ajudar a relaxar, por causa da liberação de substâncias no organismo que determinam esse estado”, complementa Soares Júnior. 
 
Os estímulos ao sistema imunológico ajudam a elevar os níveis de hemoglobina, melhorando a imunidade, segundo uma pesquisa da Universidade de Wilkes, nos Estados Unidos, com 112 estudantes do campus. O estudo indica que casais que fazem sexo com mais frequência recuperam-se melhor de feridas.
 
“Um trabalho recente mostrou que casais que tinham maior nível de oxitocina circulante (se amavam mais) eram capazes de curar uma ferida provocada pela injeção de uma gota de água subcutânea em menor tempo, denotando a melhora da capacidade regenerativa do organismo”, afirma Keplacz.
 
Apesar de todas essas vantagens, Soares Júnior ressalta: “Sexo não substitui o exercício físico”.
 
Keplacz acrescenta: “Forma física, atitudes alimentares saudáveis e controle do estresse favorecem o sexo, que por sua vez, favorece o organismo”. 
 
Terra

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