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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Ambulatório de hanseníase da Fiocruz recebe acreditação JCI

Unidade assistencial, que atua junto ao Ministério, passa a ser o primeiro centro brasileiro de hanseníase a atuar conforme padrões de excelência
 
O Ambulatório Souza Araújo, unidade assistencial que presta atendimento a pacientes do Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), foi avaliado pela Joint Commission International e pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação. Com o título, a unidade assistencial, que atua junto ao Ministério da Saúde (MS), passa a ser reconhecida como o primeiro centro brasileiro especializado em hanseníase a atuar alinhado aos padrões de excelência.
 
No antigo Hospital Frei Antônio funcionava o Serviço Nacional de atendimento à lepra, termo mais comum para designar a hanseníase até a década de 1970 no Brasil. A partir do seu desmembramento, na década de 1970, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) absorveu parte dos funcionários e pacientes, dando início, em 1976, ao Ambulatório Souza Araújo. O espaço, juntamente com outros centros pilotos, foi pioneiro em adotar a poliquimioterapia no Brasil, ainda no final da década de 1980, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
 
À frente do Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desde 1985, Euzenir Sarno coordena uma equipe multiprofissional formada por dermatologistas, neurologistas, fisioterapeuta, assistente social, enfermeiros, farmacêutico e técnicos de enfermagem. A pesquisadora acompanhou a mudança do panorama da doença no país. “Quando começamos o nosso trabalho, ainda na década de 1970, não havia o controle sobre a hanseníase como realizado atualmente.
 
Avançamos muito no que diz respeito à pesquisa, tratamento e cuidado ao paciente”, afirma.
 
Assista ao vídeo e confira o especial:
 

Presente
Em 2008, o Ambulatório migrou para um novo espaço físico, inaugurado pelo então Ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Hoje, o Souza Araújo atua como centro de referência nacional em hanseníase para o Ministério da Saúde e desenvolve ações na área de tecnologia em saúde, incluindo atividades de assistência, pesquisa básica e aplicada e ensino sobre a doença. O atendimento aos pacientes vai desde o diagnóstico ao tratamento, passando por acompanhamento terapêutico, incluindo seus familiares, que são examinados e recebem orientação de educação em saúde.
 
Anualmente, cerca de 700 pacientes são atendidos no Ambulatório Souza Araújo para realizar a primeira consulta. O centro é responsável pelo diagnóstico de 7 a 10% dos casos de hanseníase notificados no Estado do Rio de Janeiro e de 20 a 30% dos casos notificados no município.
 
De acordo com a enfermeira do Ambulatório, Nádia Duppre, na rotina de trabalho é necessário articular com outras instituições de saúde. “Nós prestamos auxílio em caso de dúvidas de diagnósticos ou em casos de quadros reacionais – episódios inflamatórios agudos, de origem imunológica – aos pacientes encaminhados de hospitais ou postos de saúde”, ressalta. O Ambulatório atua no registro de novos pacientes e atende aqueles que já estão em tratamento para receber o medicamento e acompanhar a evolução do quadro de saúde.
 
Para mais detalhes, clique aqui.
 
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