Foto: Gabriel Lain / Especial |
Desenvolvido pelo curso de Nutrição da Universidade de Caxias do Sul
(UCS), o programa Matemática das Guloseimas multiplica no ambiente
escolar informações sobre alimentação saudável e sobre itens como sódio,
açúcar e gordura saturada, por exemplo, contidos em abundância em
produtos que os adolescentes adoram: biscoito recheado, salgadinho,
refrigerante e macarrão instantâneo.
— Estamos focando no adolescente pois é nessa fase que ele começa a fazer suas próprias escolhas alimentares e a cuidar da aparência. Em busca de um corpo bonito, o adolescente pode fazer escolhas erradas, seguindo dietas malucas que os colegas fazem e usando suplementos alimentares sem necessidade. Nosso objetivo é explicar conceitos de nutrição de uma forma simples, destacando os malefícios dos alimentos industrializados — explica a nutricionista Karina Giane Mendes, coordenadora do curso de Nutrição da UCS e doutora em Endocrinologia.
E nada melhor do que jovens, que falam a mesma linguagem e conhecem as preferências para repassar essas informações: nas palestras do Matemática das Guloseimas, são os próprios acadêmicos do curso de Nutrição que orientam os estudantes do ensino médio. No último dia 30 de maio, por exemplo, Janaína da Silva e Júlia Senna, acompanhadas da professora Kally Berleze, visitaram a Escola Assis Antônio Mariani, no bairro Jardim Eldorado e conversaram com duas turmas do 1º ano.
— Estamos focando no adolescente pois é nessa fase que ele começa a fazer suas próprias escolhas alimentares e a cuidar da aparência. Em busca de um corpo bonito, o adolescente pode fazer escolhas erradas, seguindo dietas malucas que os colegas fazem e usando suplementos alimentares sem necessidade. Nosso objetivo é explicar conceitos de nutrição de uma forma simples, destacando os malefícios dos alimentos industrializados — explica a nutricionista Karina Giane Mendes, coordenadora do curso de Nutrição da UCS e doutora em Endocrinologia.
E nada melhor do que jovens, que falam a mesma linguagem e conhecem as preferências para repassar essas informações: nas palestras do Matemática das Guloseimas, são os próprios acadêmicos do curso de Nutrição que orientam os estudantes do ensino médio. No último dia 30 de maio, por exemplo, Janaína da Silva e Júlia Senna, acompanhadas da professora Kally Berleze, visitaram a Escola Assis Antônio Mariani, no bairro Jardim Eldorado e conversaram com duas turmas do 1º ano.
— A intenção não é dizer que eles estão proibidos de tomar
refrigerante, por exemplo. O objetivo é fazer com que reduzam a
quantidade consumida e que procurem substituir por coisas mais saudáveis
como o suco natural — complementou a professora Kally.
O projeto complementa um trabalho desenvolvido pelo curso desde 2008, mas que focava principalmente escolas infantis e de ensino fundamental.
— Sentíamos que faltava alcançar os adolescentes. Dentro da disciplina de Educação Nutricional, em que os alunos fazem práticas com todos os ciclos da vida, o grupo que fazia sua intervenção com adolescentes sempre trazia informações interessantes. Por isso, o grupo de professores (são 13 no total) idealizou o Matemática das Guloseimas para esse público — explica Karina.
O projeto complementa um trabalho desenvolvido pelo curso desde 2008, mas que focava principalmente escolas infantis e de ensino fundamental.
— Sentíamos que faltava alcançar os adolescentes. Dentro da disciplina de Educação Nutricional, em que os alunos fazem práticas com todos os ciclos da vida, o grupo que fazia sua intervenção com adolescentes sempre trazia informações interessantes. Por isso, o grupo de professores (são 13 no total) idealizou o Matemática das Guloseimas para esse público — explica Karina.
Desde outubro do ano passado, o Matemática das Guloseimas já passou
por quatro escolas, com várias turmas atendidas. Outras cinco
intervenções devem ocorrer neste mês. O maior retorno, segundo Karina, é
ver o interesse dos alunos pelo assunto.
— Focamos na promoção da saúde e prevenção de doenças. Se, com isso, pudermos melhorar as escolhas alimentares destes adolescentes, eles provavelmente não terão problemas relacionados aos maus hábitos alimentares. Tendo bons hábitos na adolescência, manterão na idade adulta. As futuras gestantes terão alimentação saudável, e esse costume será estendido para a família. É um ciclo que reduzirá os altos índices de obesidade na população — destaca.
Escolas interessadas em receber a palestra do Matemática das Guloseimas devem contatar a coordenadora do curso de Nutrição pelo e-mail kgmendes@ucs.br.
— Focamos na promoção da saúde e prevenção de doenças. Se, com isso, pudermos melhorar as escolhas alimentares destes adolescentes, eles provavelmente não terão problemas relacionados aos maus hábitos alimentares. Tendo bons hábitos na adolescência, manterão na idade adulta. As futuras gestantes terão alimentação saudável, e esse costume será estendido para a família. É um ciclo que reduzirá os altos índices de obesidade na população — destaca.
Escolas interessadas em receber a palestra do Matemática das Guloseimas devem contatar a coordenadora do curso de Nutrição pelo e-mail kgmendes@ucs.br.
A obesidade em números
- Em Caxias do Sul, não há dados específicos sobre adolescentes. Um artigo publicado em 2010 pelo professor Ricardo Rodrigo Rech na Revista Brasileira de Cineantropometria e Desenvolvimento Humano dá uma pista, já que estudos mostram que o sobrepeso e a obesidade na infância costumam se estender pela adolescência e idade adulta. A pesquisa, feita com 1.442 crianças com idades entre sete e 12 anos, mostrou que as prevalências de obesidade e sobrepeso em Caxias do Sul foram de 8% e 19,9%.
- No Brasil, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 (POF), o aumento de peso em adolescentes de 10 a 19 anos foi contínuo nos últimos 34 anos. Isso é mais perceptível no sexo masculino, em que o índice passou de 3,7% para 21,7%, um acréscimo de seis vezes. Já entre as jovens, as estatísticas triplicaram: de 7,6% para 19,% entre 1974-75 e 2008-09. Quanto à obesidade, mostra-se menos intensa, mas também com tendência ascendente, indo de 0,4% para 5,9% entre meninos e rapazes e de 0,7% para 4,0% no sexo feminino.
- Em Caxias do Sul, não há dados específicos sobre adolescentes. Um artigo publicado em 2010 pelo professor Ricardo Rodrigo Rech na Revista Brasileira de Cineantropometria e Desenvolvimento Humano dá uma pista, já que estudos mostram que o sobrepeso e a obesidade na infância costumam se estender pela adolescência e idade adulta. A pesquisa, feita com 1.442 crianças com idades entre sete e 12 anos, mostrou que as prevalências de obesidade e sobrepeso em Caxias do Sul foram de 8% e 19,9%.
- No Brasil, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 (POF), o aumento de peso em adolescentes de 10 a 19 anos foi contínuo nos últimos 34 anos. Isso é mais perceptível no sexo masculino, em que o índice passou de 3,7% para 21,7%, um acréscimo de seis vezes. Já entre as jovens, as estatísticas triplicaram: de 7,6% para 19,% entre 1974-75 e 2008-09. Quanto à obesidade, mostra-se menos intensa, mas também com tendência ascendente, indo de 0,4% para 5,9% entre meninos e rapazes e de 0,7% para 4,0% no sexo feminino.
Zero Hora
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