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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Pesquisa sugere hidrogel para diminuir riscos de rejeição após transplante

Foto: Reproduação
O hidrogel, composto por tacrolimus, um imunossupressor conhecido, permanece inativo até identificar uma inflamação ou uma resposta imune no local de transplante

Os imunossupressores são medicamentos prescritos em caso de transplante para evitar que o organismo rejeite o órgão doado. Essas substâncias, no entanto, podem agredir rins e fígado devido ao excesso de toxinas que liberam. 

Uma tecnologia desenvolvida por um grupo internacional de cientistas surge como solução para esse problema: ela pode melhorar a aceitação da parte do corpo recém- recebida e reduzir os efeitos colaterais causados pelos remédios tradicionais.

Publicada na revista Science Translational Medicine, a pesquisa consiste em um hidrogel com capacidade de identificar a necessidade de ação dos imunossupressores e de direcionar a liberação deles apenas para os locais em que precisam agir. 

O material gelatinoso seria colocado no paciente logo após o transplante. No caso do estudo, a intenção é auxiliar no complexo processo de reconstrução de mãos em amputados ou pessoas que perderam a função do membro.

O hidrogel, composto por tacrolimus, um imunossupressor conhecido, permanece inativo até identificar uma inflamação ou uma resposta imune no local de transplante. A combinação de ações — identificar a rejeição e agir especificamente sobre ela — é, segundo os cientista, o segredo para o sucesso da técnica.

Em experimento com camundongos, o hidrogel com tacrolimus impediu a rejeição do enxerto por mais de 100 dias. O feito é notável quando comparado aos 35 dias das cobaias que receberam apenas as doses do imunossupressor e aos 11 dias dos bichos não submetidos a tratamento. 

 “Essa abordagem segura e controlada funcionou por mais de três meses com uma única injeção contendo hidrogel”, conta Jeff Karp, um dos autores da pesquisa.

Correio Braziliense

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