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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Rosácea: entenda melhor quais são os quatro subtipos desse problema de pele

Cada tipo se caracteriza por manifestações diferentes e também pede tratamentos diferenciados 

Por Dra. Denise Steiner

A rosácea é uma doença crônica que atinge, principalmente, mulheres entre 30 e 50 anos. Ela não é contagiosa e tem origem desconhecida. A rosácea aparece como área avermelhada, com pápulas e pústulas que se manifestam no rosto e podem comprometer os olhos e o nariz. A doença pode ser classificada quatro tipos: eritemato telangectasia (a mais comum), pápula pustular, fimatosa e ocular. 

Os tipos variam de acordo com a forma como ela se manifesta. No primeiro caso, na eritemato telangectasia, a pele fica muito vermelha e repleta de vasos (telangectasias). Isso é muito evidente principalmente na região centro facial. O avermelhamento pode ser agravado por vários fatores, entre eles: o álcool, sol, estresse, exercícios físicos e calor. Quem possui a rosácea, tem a sensação de estar com a pele pinicando ou queimando. Neste caso, a pessoa afetada é sensível a qualquer creme. 

A rosácea pápula pustulosa é caracterizada pelo avermelhamento e pelo aparecimento de lesões pápulo-pustulosas em surtos, como se fossem espinhas. Nesse tipo, a rosácea lembra a acne - tanto que por muito tempo foi chamada de acne rosácea. O tipo pápula pustular é bastante comum em homens, com períodos de piora e melhora alternados. 

O tipo menos frequente é a rosácea fimatosa que causa uma inflamação na pele, tornando-a mais espessa e vermelha. O terceiro tipo de rosácea (fimatosa) é caracterizado pelo aumento e infiltração de áreas como as glândulas sebáceas do nariz e é comum em homens com mais de 40 anos. Com o tempo, o nariz pode até dobrar de tamanho. Queixo, rosto, olhos e ouvidos podem ser comprometidos. 

A rosácea ocular atinge a região dos olhos. Cerca de 20% dos casos são descobertos em visita a um oftalmologista. O indicativo da doença é uma inflamação (chamada de blefarite) com avermelhamento e descamação na área dos cílios. Este tipo é o mais grave de todos, podendo evoluir para a perda da visão. 

Existe outro subtipo mais raro da rosácea, chamado granulomatosa. Sua característica principal é o aparecimento de nódulos acastanhados na face. Cerca de 15% dos pacientes com a doença podem ter lesões em outros locais. É um tipo que tem tratamento difícil. 

A rosácea também pode se misturar. Pode ocorrer, por exemplo, a combinação do fimatosa com o tipo pápula pustulosa e também com a forma mais comum, a eritemato telangiectásica. Também é muito frequente a associação de rosácea do tipo fulminante com a ocular. 

O tratamento das doenças crônicas que não têm origem conhecida são um desafio para o dermatologista. No caso da rosácea, o tratamento do tipo mais comum é feito com produtos tópicos, como metronidazol 0,75%, ácido azelaico 0,75%, peróxido de benzoila e retinoides tópicos. O objetivo principal do tratamento é diminuir a inflamação do paciente, usando as substâncias citadas cerca de 1 a 2 vezes por dia. 

Outra alternativa é a utilização de oximetozolina e da brimonidina. Ambos diminuem e controlam o flushing (vermelhidão). É bom lembrar que eles não curam a rosácea, mas diminuem o avermelhamento. Os inibidores da calcineurina também melhoram a inflamação. 

Para a rosácea pápula pustulosa ocular e fimatosa é necessário utilizar o antibiótico do grupo das ciclinas: a tetraciclina e a miniciclina. Eles são utilizados até o controle clínico da doença e, com o tempo, a dose do remédio vai baixando aos poucos. 
Já a isotretinoína pode ser utilizada nos quatro tipos de rosácea. O tratamento dura em torno de 3 a 4 meses. Em todas essas situações, pode haver associação dos medicamentos com o laser. 

A correção cirúrgica da rosácea é indicada nos casos de fimatosa ? o quarto tipo. E para tratar a rosácea ocular, muitas vezes é necessário abordagem específica, como o uso de colírios locais (com antibióticos) e também imunossupressores, como a ciclosporina. 

Também é importante o uso do laser ou da luz pulsada para vasos. A luz do laser atinge os vasos, promove sua destruição e clareia a região. Os tipos de laser mais utilizados são o Pulsed Dye Laser e NdYag.

Minha Vida

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