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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Veneno de cobra coral pode ajudar a tratar esquizofrenia, dizem cientistas

Exemplar de cobra coral; cientistas afirmam ter desvendado segredo sobre o veneno do réptil (Foto: Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA/Creative Commons)
 Foto: Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA/Creative Commons
Exemplar de cobra coral; cientistas afirmam ter desvendado segredo sobre
 o veneno do réptil
Pesquisadores tiveram êxito na análise do veneno de espécie da Costa Rica. Estudo foi publicado na revista da Academia Americana de Ciências, a PNAS
 
Cientistas revelaram o mistério de como o veneno da cobra coral costa-riquenha causa convulsões em suas vítimas, uma descoberta que pode impulsionar pesquisas sobre esquizofrenia, epilepsia e dor crônica.
 
O veneno inclui um par de proteínas chamadas micotoxinas (MmTX), que se acoplam aos poros nas células nervosas do cérebro e da medula espinhal, conhecidas como receptores GABA(A). Isto resulta em convulsões potencialmente mortais.
 
O estudo foi publicado nesta semana na revista da Academia Americana de Ciências, a "PNAS". "O que encontramos são as primeiras toxinas animais das que temos notícia", disse Frank Bosmans, professor assistente de fisiologia e neurociência da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins. "De longe, é o composto mais poderoso que ataca os receptores GABA(A)". "Assim que aderem aos receptores, não os deixam", prosseguiu.
 
Descobriu-se que as MmTX se une aos receptores GABA(A) mais firmemente que qualquer outro composto conhecido. Quando isto ocorre, o poro do receptor se abre permanentemente e a célula nervosa não consegue se restabelecer e acaba falhando.
 
Os especialistas esperam que estas descobertas ajudem a fazer avanços nos estudos sobre epilepsia, esquizofrenia e dor crônica, causados precisamente por falhas nos receptores GABA(A). "Os medicamentos para combater a ansiedade, como o diazepam e o alprazolam, também aderem nos receptores GABA(A), mas causam relaxamento no lugar de convulsões porque o fazem com mais folga", disse Bosmans. O estudo foi financiado pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica da França.
 
G1

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