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segunda-feira, 23 de março de 2015

Sintomas de gravidez: conheça os principais e saiba por que eles aparecem

É normal sentir mais fome e cólicas, além dos conhecidos enjoos e seios inchados
 
Por Dra. Barbara Murayama - Ginecologista e Obstetra:  CRM 112527/SP
 
Gravidez é algo tão comum que achamos que já conhecemos todos os sintomas de gravidez de cor e salteados, certo? Mas nem sempre isso ocorre. Por isso, separo os principais sintomas e a seguir, e explico como cada um deles afeta a mulher e por que eles ocorrem.                           
 
Fim da menstruação
O endométrio, camada interna do útero se descama quando naquele mês não houve gestação, o que causa a menstruação. Se a mulher engravida, é no endométrio que o embrião irá se implantar e se desenvolver, portanto não ocorre esse sangramento mensal. Portanto, não menstruar é o primeiro e mais clássico sintoma de gravidez.
 
Qualquer sangramento durante a gestação é considerado anormal inicialmente e deverá ser investigado, pois pode ser uma ameaça de aborto nos primeiros meses da gravidez, lesões no colo do útero, descolamento de placenta, entre outros. Em algumas mulheres acontece um pequeno sangramento no momento da implantação do embrião, mas sempre que a mulher tiver qualquer sangramento deverá procurar o médico.                             
 
Enjoos
São esperados no início da gestação e na maioria das vezes, acontecem alguns episódios de vômitos.
 
Os enjoos deixam de ser normais quando a gestante não consegue ao menos se alimentar, o que pode causar desidratação e desnutrição, que claro, prejudicam a gravidez e o bebê. Alguns casos é necessário até a internação da paciente para tratamento.                            
 
O normal é que o sintoma de gravidez dure apenas durante o primeiro trimestre, ou no comecinho ou as 12 primeiras semanas. Se passar desse período, são casos mais graves que chamamos de hiperemese gravídica, que é a condição quando os enjoos e vômitos saem do controle, e que ainda é desconhecida. As teorias relacionam o problema às altas taxas hormonais, fatores psicológicos e atividades do estômago e intestino anormais nessas pacientes, entre outras.                     
 
O tratamento irá depender da gravidade dos sintomas. A prevenção se dá através de um pré-natal com boa orientação sobre uma dieta fracionada, mais seca e pouco condimentada nos primeiros meses. Também é recomendado o uso de medicações para os enjoos e internação com medicações endovenosas em casos extremos, sob orientação médica.                             
 
Dores e aumento nas mamas
No início da gestação começam a acontecer diversas mudanças em nosso organismo com o objetivo de adaptar o bebê que está crescendo em nossa barriga. Essas mudanças são causadas por aumento da taxa de hormônios femininos que desencadeiam uma série de reações em todos os órgãos do corpo. O principal hormônio da gestação é a progesterona, que provoca retenção de líquido e desconforto nas mamas, provocando seu aumento. Normalmente as mamas doendo serão um sintoma de gravidez no inicio e depois no final mais perto do final, pois já pode iniciar a produção de leite.
 
Cólicas
As cólicas podem acontecer em graus variados de acordo com o limiar de dor de cada paciente e podem ser normais, devido ao crescimento do útero. Mas sempre que a mulher sentir cólicas ou dores pélvicas deve avisar seu médico, pois pode ser sinal de infecção de urina, por exemplo, entre outros problemas. Elas podem ocorrer a gravidez toda, mas o terceiro trimestre costuma ser mais intenso.
 
Tonturas e sonolência
Esses sintomas de gravidez podem acontecer devido às mudanças naturais que acontecem em todo o sistema cardiovascular da mulher. Apesar de mais comuns no começo da gestação, tanto a sonolência quanto as tonturas também podem aparecer no terceiro trimestre.
 
As principais alterações no sangue induzidas pela gravidez incluem um aumento no trabalho do coração, retenção de sódio e água (levando a expansão do volume de sangue) e diminuição da pressão arterial sistêmica. Essas mudanças começam no início da gravidez, atingindo o seu auge durante o segundo trimestre, e, em seguida, mantem-se relativamente constantes até o parto. Elas contribuem para o crescimento ideal e desenvolvimento do feto e ajudar a proteger a mãe contra os riscos de parto, tais como hemorragia. Mas podem causar alguns inconvenientes como tontura, mal estar, cansaço, sono, principalmente no primeiro trimestre.   
 
Acho importante que sempre sejam notificadas ao seu obstetra, pois no caso de não melhorarem ou forem intensas, o ideal é fazer uma investigação para detectar outros tipos de problemas mais graves, como labirintite e outros.       
 
Azia e prisão de ventre
O funcionamento do trato gastrointestinal durante a gestação também se modifica para se adaptar ao bebê. Em geral, o transito intestinal ficará mais lento, e pode acontecer azia, sintomas de refluxo e também é comum o intestino preso. Esses sintomas podem incomodar e causar complicações a depender da sua intensidade. Então é sempre importante avisar seu obstetra para orientação quanto a dieta fracionada, variada, rica em fibras e ingestão abundante de líquidos. E se necessário o uso de medicações para alivio dos sintomas. Eles aparecem no começo, mas são maiores no final, quando o sistema digestivo começa a ser comprimido pelo útero.
 
Fome toda hora
Por conta das mudanças no funcionamento do trato gastrointestinal, a gestante não deve ingerir grandes quantidades de comida, até porque, irá se sentir desconfortável se abusar. O ideal é que coma pequenas porções a cada 3 horas pelo menos, pensando sempre na alimentação balanceada e saudável.                        
 
Não há comprovação científica da relação dos desejos alimentares (um dos mais famosos sintomas de gravidez), no entanto, se forem desejos que não prejudiquem a mulher nem o bebê, podem ser atendidos com moderação. O normal é que a mulher comece a sentir mais fome depois que os enjoos passarem.
 
Alimentos ácidos como limão, laranja, abacaxi, aliviam os enjoos, então é comum nessa fase a predileção por esses alimentos.                           
 
Mudança no bico dos seios
A mama como um todo irá ficar mais volumosa ao longo da gestação e o bico crescerá também mais perto do final da gravidez, mas tudo isso faz parte da adaptação e preparo para a amamentação. O importante nesse tópico é saber que independentemente do tipo de bico, inclusive os invertidos, a mulher poderá amamentar normalmente se receber a orientação adequada.                             
 
Inchaço no corpo (edemas)
Um pouco de inchaço é normal e ele vai aumentando progressivamente com o passar da gestação. A circulação do organismo como um todo está mudada e o retorno de sangue das pernas para o coração é dificultado pela compressão feita pelo próprio útero nas principais veias do organismo.            
 
Muitas vezes um inchaço maior e excessivo pode ser sinal de pré-eclâmpsia, por exemplo. Mas isso deve ser averiguado e detectado pelo seu médico, ao fazer a consulta de pré-natal.                             
 
Vontade de fazer xixi
No começo a mulher sentirá que quer urinar um pouco mais que o normal. Com o tempo, o útero irá comprimir a bexiga e a capacidade de armazenamento de urina se torna menor a cada mês. Portanto, a mulher grávida precisará ir ao banheiro mais frequentemente. A progesterona também provoca alterações no funcionamento do trato urinário.                             
 
O aumento da frequência de micções pode ser sinal de infecção de urina também, que é uma das infecções mais frequentes na gestante, então sempre avise seu médico. E fique atenta a outros sintomas como dor para urinar, febre, entre outros.                             
 
Cloasma
Além das mudanças internas no corpo, acontecem mudanças externas também, causadas pelo aumento das taxas hormonais. Entre elas temos algumas mudanças na pele, que podem ser ou o aumento da pigmentação em algumas áreas do corpo, ou o surgimento de manchas nas maçãs do rosto, o chamado cloasma gravídico. Esse último sintoma tende a regredir após a gravidez, mas se for intenso pode deixar manchas. A recomendação é proteção solar intensa. 

 
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