Fonte de infecção de bactéria estava em broto de feijão no norte do país.
Autoridades de saúde elevaram o alerta para pepinos, alfaces e tomates.
Autoridades de saúde elevaram o alerta para pepinos, alfaces e tomates.
Homem vende vegetais em feira de Belgrado, na Sérvia. Alemanha estendeu alerta de 'E. coli' para pepinos, tomates e alfaces (Foto: Reuters/Ivan Milutinovic (SERBIA HEALTH AGRICULTURE POLITICS FOOD)
Autoridades de saúde alemães advertiram neste sábado (11) que a ameaça da variante letal da bactéria E. coli, que provocou 31 mortes na Alemanha, persiste apesar de a fonte de infecção ter sido localizada em brotos de feijão de uma fazenda da Baixa Saxônia, no norte do país. O estabelecimento foi fechado, mas não sofrerá processos nem punições pelo início do surto.
Apesar de as suspeitas do Instituto Robert Koch sobre a origem do patógeno terem sido confirmadas, permanece o perigo de infecção por contato físico, disse um porta-voz do Ministério de Assuntos Sociais do estado de Hesse, no centro da Alemanha.
As autoridades de saúde e o governo alemão estenderam na última sexta-feira (11) o alerta para pepinos, alfaces e tomates como foco de infecção, após confirmarem a presença da variante letal nos brotos de feijão. Cerca de 500 amostras ainda estão sendo examinadas, incluindo algumas sementes da fazenda que vêm da Europa e da Ásia.
Falhas de higiene na cadeia produtiva alimentar pode levar a novos surtos da perigosa variante O104 da bactéria E. coli, advertiu do ministério, que fez um apelo para que haja prevenção e manutenção das normas de higiene entre a população.
Após semanas de uma crise de saúde que resultou em um prejuízo de vários milhões de dólares à produção agrícola de toda a Europa, verificou-se a presença desse micro-organismo agressivo em um pacote de brotos de feijão encontrado no lixo de uma família que vive na região de Bonn, oeste da Alemanha. Dois membros dessa família contraíram a infecção.
Os vegetais vinham de uma fazenda orgânica da Baixa Saxônia, citada segundo o Instituto Robert Koch como "a fonte mais provável" do surto, que já atingiu 2.800 habitantes do país. Desses, 722 desenvolveram a chamada síndrome hemolítica urêmica (HUS, na sigla em inglês), doença marcada por fortes diarreias com sangue e lesões graves nos rins.
O problema ocorre por uma diminuição no número de plaquetas – estruturas responsáveis pela coagulação do sangue – e pela destruição das células vermelhas (hemácias) no organismo.
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