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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ameaça de 'E. coli' persiste após localização de foco na Alemanha

Fonte de infecção de bactéria estava em broto de feijão no norte do país.
Autoridades de saúde elevaram o alerta para pepinos, alfaces e tomates.

Homem vende vegetais em feira de Belgrado, na Sérvia. Alemanha estendeu alerta de 'E. coli' para pepinos, tomates e alfaces (Foto: Reuters/Ivan Milutinovic (SERBIA HEALTH AGRICULTURE POLITICS FOOD)

Autoridades de saúde alemães advertiram neste sábado (11) que a ameaça da variante letal da bactéria E. coli, que provocou 31 mortes na Alemanha, persiste apesar de a fonte de infecção ter sido localizada em brotos de feijão de uma fazenda da Baixa Saxônia, no norte do país. O estabelecimento foi fechado, mas não sofrerá processos nem punições pelo início do surto.

Apesar de as suspeitas do Instituto Robert Koch sobre a origem do patógeno terem sido confirmadas, permanece o perigo de infecção por contato físico, disse um porta-voz do Ministério de Assuntos Sociais do estado de Hesse, no centro da Alemanha.

As autoridades de saúde e o governo alemão estenderam na última sexta-feira (11) o alerta para pepinos, alfaces e tomates como foco de infecção, após confirmarem a presença da variante letal nos brotos de feijão. Cerca de 500 amostras ainda estão sendo examinadas, incluindo algumas sementes da fazenda que vêm da Europa e da Ásia.

Falhas de higiene na cadeia produtiva alimentar pode levar a novos surtos da perigosa variante O104 da bactéria E. coli, advertiu do ministério, que fez um apelo para que haja prevenção e manutenção das normas de higiene entre a população.

Após semanas de uma crise de saúde que resultou em um prejuízo de vários milhões de dólares à produção agrícola de toda a Europa, verificou-se a presença desse micro-organismo agressivo em um pacote de brotos de feijão encontrado no lixo de uma família que vive na região de Bonn, oeste da Alemanha. Dois membros dessa família contraíram a infecção.

Os vegetais vinham de uma fazenda orgânica da Baixa Saxônia, citada segundo o Instituto Robert Koch como "a fonte mais provável" do surto, que já atingiu 2.800 habitantes do país. Desses, 722 desenvolveram a chamada síndrome hemolítica urêmica (HUS, na sigla em inglês), doença marcada por fortes diarreias com sangue e lesões graves nos rins.

O problema ocorre por uma diminuição no número de plaquetas – estruturas responsáveis pela coagulação do sangue – e pela destruição das células vermelhas (hemácias) no organismo.

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