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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Hospital do Coração lança Programa de Aprimoramento em Cuidados Clínicos para Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio

O HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, acaba de lançar um Programa de Aprimoramento em Cuidados Clínicos para Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio.



Nesse programa, uma equipe multidisciplinar composta por médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos e enfermeiros atuam de forma a reduzir o tempo de atendimento de pacientes que chegam com sintomas de infarto no Pronto Socorro HCor até a sua alta hospitalar.

Com o objetivo de aprimorar os cuidados com o paciente infartado durante o tempo que ele permanecer no hospital - entrada no P.S, a chegada na hemodinâmica (onde são realizados os procedimentos invasivos), permanência na Unidade Coronária, Reabilitação Cardiopulmonar até a chegada no quarto - o Programa vai proporcionar um tratamento ainda mais efetivo e com uma recuperação ainda mais eficaz para esse grupo tão especial de pacientes.

Segundo o coordenador do Programa de Aprimoramento em Cuidados Clínicos para Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio e cardiologista do HCor, Dr. Leopoldo Piegas, esse programa trará muitos benefícios ao paciente com sintomas de infarto. “Com o aprimoramento dos cuidados clínicos e atuação dos profissionais de cada área envolvida a serviço do paciente com sintomas de infarto agudo do miocárdio, esse programa irá trazer um aumento na sobrevida desses pacientes com taxa de mortalidade em torno de 5%, além de receberem apoio psicológico, fisioterapia e exercícios monitorados, reeducação alimentar, indicação e conselho para largar o tabagismo e todo acompanhamento quando ele estiver em alta hospitalar”, explica Dr. Piegas.

De acordo com um estudo norte-americano desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Colorado, 20% dos pacientes que sofreram ataques cardíacos permanecem sentindo dores no peito mesmo um ano depois de ter ocorrido o evento. Os pesquisadores analisaram quase dois mil pacientes, sendo que, de cada cinco, um deles sofria com as dores. Dos pacientes que responderam ao questionário do estudo, um ano após seus ataques cardíacos, 19,9% ainda tinham dores no peito e 1,2% deles sentiam dor todos os dias.

A angina, nome dado a essa dor no peito, é um sintoma comum de doenças cardíacas e, de acordo com os médicos, é normal que as vítimas de infartos continuem sentindo essas dores. Entretanto, é importante realizar tratamentos para tentar minimizar o problema.

Segundo os pesquisadores, os principais fatores que podem contribuir para essas dores são o fumo e a depressão. Ainda de acordo com a pesquisa, os homens jovens, fumantes ou com sintomas de depressão estão mais propensos a sofrer com a angina. Diante desse cenário, é importante seguir as recomendações médicas para que os pacientes que sofreram infarto parem de fumar, e, quando necessário, procurem ajuda psicológica para controlar a depressão.

O infarto agudo do miocárdio (IAM), lesão das células do músculo do coração é causado pela obstrução temporária ou definitiva de uma artéria coronária. A adesão de um trombo (coágulo) sobre uma placa de gordura ou o espasmo da artéria coronária, são as causas da interrupção do fluxo sanguíneo.

Os pacientes jovens com IAM mesmo sem alterações genéticas e sem antecedentes de doenças cardiovasculares na família, mas que fumam, possuem nível elevado de estresse e são sedentários, estão sofrendo infarto do miocárdio cada vez mais cedo. A desobstrução coronária precoce da artéria responsável pelo infarto é a melhor forma de se evitar a deterioração do rendimento cardíaco, e sua realização está indicada até a sexta hora do início dos sintomas.

A recanalização da artéria coronária pode ser obtida com injeção de drogas trombolíticas que podem ser utilizadas em unidades de emergência e em ambulâncias. Entretanto, a angioplastia seguida do implante de stents é a técnica mais moderna e mais eficaz de normalização do fluxo sanguíneo da artéria coronária. O HCor têm uma equipe de intervencionistas de plantão que disponibiliza essa técnica e obtém elevados índices de sucesso na maioria dos casos quando empregada no período de tempo ideal de 90 minutos, daí a importância do atendimento precoce.

“Por meio da abordagem humanizada e multiprofissional com orientação nutricional e do Programa de Cuidado Integral ao Fumante da Instituição, o conjunto de intervenções com resultados positivos em jovens e adultos se complementam. A prevenção de novos eventos assim como o processo educativo que envolve o paciente e seus familiares também é uma missão do HCor e de suas equipes, que tem o compromisso não só com a prestação de serviço de elevado padrão tecnológico mas também com a busca de uma melhor qualidade de vida para todos os pacientes”, finaliza.


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