Apesar da falsificação de medicamentos no Brasil ser considerada crime, ainda há quem arrisque a produzi-los e a comercializá-los. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), apenas no ano de 2009, foram apreendidas mais de 330 toneladas de medicamentos falsificados.
Antigamente a venda de remédios falsos se dava por ambulantes, especialmente em feiras, porém, atualmente, vem configurando um mercado organizado, com comercialização por distribuidoras em drogarias ou ainda em postos de saúde.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a falsificação de medicamentos é considerado um problema global de saúde pública, matando, incapacitando e ferindo adultos e crianças indistintamente, pois algumas mudanças da composição podem provocar intoxicação, prejudicando principalmente rins e fígado.
Com o objetivo de combater a falsificação e orientar a população a respito da gravidade do problema, a ANVISA lançou em abril de 2009 a campanha "Medicamento Verdadeiro". A ação objetiva garantir o acesso a medicamentos seguros, eficazes e de qualidade, contando com o apoio da Policia Federal, que ajuda a fiscalizar as farmácias e demais estabelecimentos de saúde.
Dentre os tipos de falsificações de remédios que podem ser facilmente identificadas, está a raspagem da frase "venda proibida" das embalagens - geralmente realizada em carga roubada de amostra grátis ou de medicamentos distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Também é comum a retirada dos medicamentos de suas embalagens originais, com o objetivo de burlar o seu prazo de validade. Outro tipo de manipulação é a inserção de produtos diferentes do enunciado pelo rótulo da embalagem, ou em quantidade menor, e até produtos totalmente falsificados, fabricados com farinha, e sem nenhum efeito terapêutico.
É importante que o usuário esteja atento ao comprar o medicamento, observando a embalagem com as informações de procedência do produto e que podem ser conferidas na raspadinha, no lacre de proteção, no número do lote, na data de validade, no número do registro do Ministério da Saúde e no telefone para contato do fabricante.
A bula deve ser original, e não cópia. O numero do lote e a data de validade impressas na caixa e na cartela do medicamento ou frasco, devem ser iguais. Os medicamentos líquidos devem vir com o lacre de segurança.
Também se aconselha a não comprar medicamentos com embalagens amassadas, lacres rompidos, rótulos que se soltam facilmente ou estejam apagados e borrados.
Em caso de dificuldade na identificação destes itens, deve-se pedir ajuda ao farmacêutico responsável pelo estabelecimento.
Se o indivíduo considerar o tratamento ineficiente, tiver suspeita ou identificação de produto falsificado, pode entrar em contato com a Secretaria de Saúde local - Coordenação de Vigilância Sanitária, ou procurar as Delegacias de Repressão a Crimes Contra a Saúde Pública, da Polícia Federal, e fazer sua denúncia. Também é possível ligar para o serviço de atendimento ao cliente (SAC) do laboratório que fabrica o medicamento suspeito. A maioria das empresas tem esse serviço e o número do telefone, com chamada grátis, vem impresso na caixa do produto. Os laboratórios sérios têm interesse em descobrir e punir os falsificadores.
A ANVISA também disponibiliza gratuitamente o número de telefone 0800-642-9782 para denúncias.
Ajude a combater a falsificação de medicamentos e proteja a sua saúde.
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