Brasília – Cerca de 3,6 milhões de mortes poderiam ser evitadas todos os anos com atendimento adequado ao parto. É o que indica relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), lançado na África do Sul, durante evento internacional com parteiras.
O organismo das Nações Unidas avaliou a assistência a gestantes e recém-nascidos em 58 países, responsáveis por 60% dos nascimentos em todo o mundo e mais de 90% da mortalidade materna.
De acordo com o relatório, 358 mil mulheres morrem por ano durante a gestação ou no parto, 2 milhões de bebês morrem 24 horas após o nascimento e 2,6 milhões das crianças já nascem mortas.
Conforme a organização, se o acesso aos serviços de saúde e aos médicos fossem facilitados, 61% das mortes maternas poderiam ser evitadas. Se uma parteira acompanhar o nascimento da criança e souber lidar com complicações do parto, sobe para 90% o percentual de mortes maternas a serem evitadas.
O fundo constatou um déficit global de 350 mil parteiras. A organização alertou que 38 dos países pesquisados precisam aumentar drasticamente o número de parteiras se quiserem alcançar a meta de 95% dos partos com cobertura qualificada até 2015, uma dos Objetivos do Milênio, estabelecidos pelas Nações Unidas. Segundo o levantamento, nove países necessitam multiplicar em até 15 vezes o número destas profissionais: Camarões, Chade, Etiópia, Guiné, Haiti, Níger, Serra Leoa, Somália e Sudão.
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