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terça-feira, 21 de junho de 2011

Especialista em transplantes de fígado analisa alternativas de tratamento para Hepatite C

Falência hepática, cirrose e câncer. Este pode ser o resultado de uma hepatite B e C não diagnosticada em seu inicio e não tratada adequadamente.

“Por isso, a prevenção ainda é o melhor remédio. Para a hepatite B temos um programa de vacinação eficiente. Países que adotaram bons programas de vacinação para a hepatite B apresentaram redução de 50% no número de casos da doença”, afirma a médica Dra. Denise Harnois, uma das gastrenterologistas e hepatologistas do Departamento de Transplante da Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida. “Entretanto, a hepatite C, transmitida pelo vírus da hepatite C (HCV), ainda não tem vacina, nem cura”.
“O HCV permanece um enigma para a medicina. Ainda mais grave que a do tipo B; em 85% dos casos, o infectado desenvolve problemas crônicos no fígado. A patologia é ainda a principal responsável por levar pacientes à mesa de cirurgia para transplantar o fígado”, afirma Dra. Harnois.

A especialista ainda revela que estão sendo pesquisados algumas novos medicamentos que prometem aumentar para 70% as chances de cura desses pacientes. Medicamentos chamados telaprevir e boceprevir serão combinados aos já utilizados interferon e ribavirina para otimizar o tratamento. A médica conta ainda que um novo teste genético poderá identificar, dentre os pacientes com genótipo 1, aqueles com maior probabilidade de obter bons resultados com o tratamento.

Hoje, o sucesso do tratamento da hepatite C depende de quão debilitado está o fígado e também do genótipo do vírus com o qual o paciente foi infectado.

O HCV apresenta seis genótipos diferentes. Indivíduos infectados com os tipos 2 e 3, por exemplo, têm 70% de chance de obter sucesso no tratamento. Já pacientes com genótipo 1 têm essa porcentagem reduzida: as chances são de apenas 40 a 50%.

Hepatite é o nome de qualquer doença que afeta o fígado e compromete as suas funções. As mais comuns são as hepatites A, B e C. A diferença entre cada uma é o vírus causador da doença e a maneira como este vírus ataca o fígado. As hepatites B e C apresentam os mesmo sintomas, sendo a C a mais grave. A hepatite A é uma forma branda da doença e tende a ser mais frequente em locais com condições sanitárias precárias.

Tratamento Atual:

Hepatite A: Não há medicamentos específicos para tratar a doença. Deve-se fazer repouso e manter uma alimentação adequada, com especial atenção à reposição de fluidos perdidos devido ao vômito. A grande maioria das pessoas infectadas recupera-se em questão de semanas sem quaisquer complicações. A melhor maneira de prevenir a doença é a vacina.

Hepatite B: Tratamento com medicamentos, entre eles interferon e antivirais, num período que varia de 16 a 48 semanas. A melhor maneira de prevenir a doença é a vacina.

Hepatite C: Tratamento à base de interferon e ribavirina, num período entre 24 e 48 semanas, dependendo do genótipo do vírus com o qual o paciente está infectado. Ainda não foi desenvolvida uma vacina.

Complicações: Quando não tratadas, as hepatites B e C podem acarretar problemas crônicos, como falência hepática, cirrose e câncer.

O Programa de Transplantes de Fígado foi criado no campus da Mayo de Jacksonville, Flórida, em 1998; desde então foram realizados mais de 2.200 transplantes. Este programa apresenta um dos mais altos índices de transplantes realizados, o menor tempo médio de espera para o paciente e as mais altas taxas de sobrevida dos Estados Unidos. O Centro de Transplantes da Mayo Clinic realiza transplantes de todos órgãos sólidos adultos.

A Clínica Mayo é uma entidade sem fins lucrativos, dedicada à assistência à saúde, pesquisa e educação de pessoas em todas as etapas da vida. Médicos de todas as especialidades trabalham juntos no atendimento aos pacientes, unidos por um sistema e por uma filosofia comum, de que “as necessidades dos pacientes vêm em primeiro lugar”. Mais de 3.700 médicos, cientistas e pesquisadores, além de 50.100 profissionais de saúde de apoio, trabalham na Clínica Mayo em Rochester (Minnesota), Jacksonville (Flórida) e Phoenix/Scottsdale (Arizona). Juntas, as três unidades tratam mais de meio milhão de pessoas por ano.

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