Apesar de ser um exame rápido, simples e indolor, apenas dez dos 27 Estados brasileiros tornaram o "teste do olhinho" obrigatório em toda a rede. O exame, entre outras coisas, é capaz de detectar catarata infantil - problema responsável por cerca de até 20% dos casos de cegueira ou baixa visão.
Wilton Junior/AE
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Entre os Estados que aprovaram leis obrigando a adoção do exame estão São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso. Em alguns deles, a lei determina que a criança seja operada em até 30 dias após o diagnóstico.
O Ministério da Saúde diz que considera o teste do olhinho tão simples que ele deveria fazer parte do exame físico da criança independente de ser uma lei. Por isso, ainda avalia uma maneira de tornar o procedimento obrigatório em todo o País - ele já foi incluído na Rede Cegonha.
A catarata é uma das doenças oculares que podem ser detectadas pelo "teste do olhinho". Ela é caracterizada pela opacidade do cristalino (lente do olho que deve ser transparente) e não é um problema exclusivo do idoso. Pode também atingir crianças, embora seja menos frequente. Estima-se que aconteçam 6 casos para cada 10 mil nascimentos. Pode ser congênita ou ser consequência da rubéola ou toxoplasmose na gravidez.
A detecção pode ser feita pelo teste do reflexo vermelho, conhecido como teste do olhinho. O exame não requer um equipamento sofisticado - é feito com um oftalmoscópio, um tipo de lanterna que possui lentes especiais refletoras. Custa entre R$ 300 e R$ 600. Quando o olho está sadio, o reflexo fica vermelho. Caso contrário, não há reflexo.
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