Após França acusar empresa britânica, Reino Unido ameaça país vizinho
Um membro britânico do Parlamento Europeu pediu à França o pagamento de compensações caso a empresa do Reino que o governo francês associou ao surto de E.coli em Bordeaux não for de fato responsável pela contaminação.
Sete pessoas ainda estão no hospital neste domingo (26), sendo uma mulher de 78 anos em estado grave, após serem infectadas pela bactéria E.coli.
A Alemanha identificou em maio deste ano um surto da bactéria assassina – que já matou ao menos 45 pessoas na Europa. Autoridades ligam a epidemia a brotos de feijão contaminados e rebentos plantados em uma fazenda orgânica no norte alemão, que foram para restaurantes e cozinhas de todo o país.
O Ministério do Comércio francês disse que a empresa Thompson & Morgan, sediada em Ipswich, no Reino Unido, estava por trás do surto, e ordenou que as lojas parassem de vender sementes de feno-grego, mostarda e rúcula fornecidas pela empresa enquanto os testes estavam sendo realizados. O ministério disse que a ligação entre os sintomas da doença e as sementes trazidas para o subúrbio de Begles, em Bordeaux, não era definitiva.
A empresa disse não acreditar ser responsável pelas contaminações. Foi o que levou à manifestação de Richard Howitt, membro do Parlamento Europeu, em comunicado neste domingo.
- Se o governo francês estiver errado, saindo em público dessa forma, e a ligação não for provada, então eles deverão ser responsabilizados pelo que poderiam ser centenas de milhares de libras em prejuízos no mercado de vegetais e saladas de East Anglia e do Reino Unido.
As autoridades francesas disseram que ao menos seis das pessoas internadas em Bordeaux comeram brotos de vegetais vendidos em uma feira local que foram cultivados com sementes compradas em uma loja fornecida pela Thompson & Morgan.
Segundo Howitt, essas sementes podem ter sido produzidas na Itália, embaladas e vendidas em Ipswich, mas distribuídas e vendidas em uma festa escolar em uma pequena cidade próxima de Bordeaux.
- Então não está claro quando ou se a E.coli entrou na cadeia.
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