O Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência da doença, de acordo com o INCA
Com 18,5 casos por 100 mil habitantes, o Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência de câncer de esôfago, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Segundo o médico cirurgião Antônio Carlos Weston, o câncer de esôfago é um dos tipos mais comuns de neoplasia do aparelho digestivo.
— No RS, seus altos índices podem estar ligados ao hábito de ingerir bebidas muito quentes, como o chimarrão. Existem alterações em nível celular no esôfago de tomadores de chimarrão que poderiam induzir ao câncer — alerta.
Há ainda pesquisas que relacionam a erva-mate com a formação de tumores, porém, conforme o especialista, não há estudos que expliquem o mecanismo pelo qual a erva poderia causar câncer.
A enfermidade também pode ser causada por fatores como uso prolongado de bebida alcoólica e o tabagismo, ou ainda, a associação de ambos.
Sintomas
A doença é, comumente, caracterizada por sintomas como dificuldade para engolir, sensação que o alimento tranca em alguma parte do esôfago, perda de peso, vômitos e azia — sensação de queimação.
O câncer de esôfago apresenta dois tipos predominantes, relacionados a sua localização. Os tumores situados na parte final do esôfago, junto ao estômago, podem ser formados por ação do refluxo ácido do estômago, que ocorre como consequência refluxo gastroesofágico. Este problema é caracterizado por sintomas como azia ou queimação na região conhecido como "boca do estômago". Fatores como obesidade, ou uma dieta rica em gorduras podem induzir a doença do refluxo.
O outro tipo de tumor de esôfago ocorre nas partes mais altas do órgão e seria este o mais relacionado ao hábito de tomar mate.
Diagnóstico e tratamento
A doença pode ser diagnosticada por um exame de endoscopia digestiva alta, considerado de rotina. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.
— Existem várias opções de tratamento que devem ser individualizadas para cada caso. Alternativas como a cirurgia associada ou não, a radioterapia e quimioterapia são as mais utilizadas — finaliza o médico.
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