Levantamento elaborado pelo Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini, órgão ligado a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, aponta que dos 1,1 mil transplantes de fígado realizados pela equipe médica da unidade, cerca de 50% ocorreram em pacientes portadores de vírus da hepatite B ou C.
A pesquisa mostra que 430 transplantados portavam hepatite C, o que corresponde a cerca de 40% do número geral de transplantes. Pelo menos metade desses pacientes afirma não saber como contraiu a doença. Já os infectados pelo tipo B chegaram a 8% (90 transplantados). Dos pacientes da unidade que estão inscritos na fila para transplante de órgãos, cerca de 50% convivem com hepatite B ou C.
Em todo o País, a hepatite C é a maior responsável pela cirrose hepática e, por consequência, pelos transplantes de fígado. Por ser uma doença silenciosa - o período de incubação varia entre 10 e 30 anos -, as pessoas demoram a tomar conhecimento da presença do vírus em seu organismo, que em 80% dos casos evolui para uma infecção crônica.
A estimativa é de que no mundo uma a cada 12 pessoas seja portadora do vírus da hepatite C. Os danos causados pela doença são irreversíveis e comprometem a produção de proteínas do sangue e a refinação dos alimentos absorvidos pelo intestino, funções vitais do fígado.
Fonte IG
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