Crianças e adolescentes que usam telefones celulares não têm um risco maior de desenvolver câncer no cérebro do que os não usam, indica estudo publicado no "Journal of the National Cancer Institute" nesta quarta-feira.
A pesquisa investigou se os mais jovens eram realmente mais vulneráveis ​​aos riscos da radiação dos celulares sobre a saúde.
Ela foi financiada por diversos grupos, como a Fundação de Pesquisa Suíça sobre Comunicação Móvel. Os financiadores não estavam envolvidos na coleta, análise ou interpretação dos dados, de acordo com os autores.
Como o sistema nervoso das crianças ainda está em desenvolvimento, há receio de que a circunferência menor da cabeça possa permitir que a radiação penetre mais profundamente no cérebro.
O estudo ainda descobriu que os pacientes com tumor cerebral não usavam telefone com mais frequência do que os indivíduos que não tinham câncer.
Realizada entre 2004 e 2008 na Noruega, Dinamarca, Suécia e Suíça, a pesquisa analisou o uso do celular por 352 pacientes com câncer cerebral e 646 indivíduos sem a doença. Os entrevistados tinham idade entre 7 e 19 anos.
Cerca de 55% dos enfermos relataram o uso regular em comparação a 51% dos saudáveis.
"Descobrimos que não houve uma diferença significativa na quantidade de uso", disse Martin Roosli, que conduziu o estudo no Instituto Tropical de Saúde Pública de Basel, na Suíça.
"Se houver um risco, ele é muito pequeno."
No entanto, como as entrevistas não foram feitas pessoalmente, Roosli reconheceu que não há certeza do uso de telefones pelas pessoas sem a doença.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou em maio que usar celular pode aumentar o risco de desenvolver tumores cerebrais.
Cerca de 5 bilhões de telefones estão em uso hoje, 30 anos após o início da comercialização.
Fonte folhaonline
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