A família da estudante Luana Neves Ribeiro, de 21 anos - que morreu no último dia 4 durante procedimento de doação de medula óssea -, vai exigir indenização do Hospital de Base, de São José do Rio Preto (SP). A ação na Justiça será protocolada esta semana por dois advogados de Promissão (SP), onde mora a família.
Quanto ao valor da indenização, a mãe da jovem disse que a vida de sua filha não tem preço. "Eu ainda vou ver (o valor), eles (hospital e as duas médicas) têm de pagar pelo erro, chamar as duas de veterinárias seria uma ofensa aos bichinhos, eu acuso as duas e o hospital para que não morram outras Luanas", desabafou Cirça Aparecida Neves de Oliveira, uma dona de casa de 46 anos.
A mãe contou que Luana recebeu sete furos no pescoço e sentia muita dor. "Minha filha gritava "Doutora, não me deixe morrer". Se não estava dando certo, deveriam ter parado o procedimento. Houve descaso." Segundo ela, a jovem não conseguia mexer os braços e a médica nada fez.
No último dia 22, a Polícia Civil concluiu o inquérito e o remeteu à Justiça. As médicas Flávia Leite de Souza e Érica Rodrigues Pontes foram indiciadas por homicídio culposo. Já a enfermeira Ana Carolina Roma e a auxiliar de enfermagem Mireia dos Santos Mesquita foram acusadas de omissão de socorro.
Para apurar se houve falhas das quatro profissionais, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) abriu investigação sigilosa.
O processo pode demorar até dois anos para ser concluído. As punições previstas são advertência, censura confidencial, suspensão e até cassação do registro profissional.
Luana deveria concluir o curso de Enfermagem na Unimar, em Marília, no final do ano. Procurado, o Hospital de Base não comentou as acusações da família da estudante. A mãe da jovem inicia esta semana um tratamento psicológico e psiquiátrico.
Fonte Estadão
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