Para evitar a intoxicação de crianças por medicamentos — responsável por 35% de todos os casos de intoxicação registrados no Brasil —, a Câmara está analisando um projeto que torna obrigatório o seu fracionamento, feito conforme a receita médica. A proposta prevê o fracionamento de drágeas, comprimidos, cápsulas, pastilhas, supositórios e óvulos, que devem ser oferecidos na farmácia de novas formas.
Atualmente, a legislação permite o fracionamento de determinados medicamentos (são 800 na lista da Agência Nacional de Vigilância, Anvisa), mas não os torna obrigatórios. O autor da lei, deputado Dr. Aluizio (PV-RJ), argumenta que os medicamentos estão entre as principais causas de intoxicação de crianças, correspondente a 36,1% dos casos. Como é comum as pessoas guardarem os restos deles durante ou após o uso, o perigo é constante.
— As intoxicações respondem por aproximadamente 7% de todos os acidentes em crianças menores de 5 anos e estão relacionadas a cerca de 2% de todas as mortes na infância no mundo — afirma o parlamentar.
A proposta de Aluizio também tem uma razão econômica, defendida por entidades como a Proteste Associação de Consumidores e o Instituto Ethos, que lançaram uma campanha pela conscientização da medida em 2010. O argumento é que, apesar da venda de remédios fracionados ser permitida no país há mais de seus anos, até hoje os consumidores brasileiros pouco conhecem sobre isso e encontram dificuldades para comprar medicamento na quantidade exata para o tratamento prescrito.
Dados de ambas entidades revelaram que, até agora, só 15 laboratórios pediram o registro da Anvisa para produzir 175 tipos de produtos fracionados, a maioria deles genéricos. A vantagem é que, com a oferta de medicamentos fracionados, o consumidor pode comprar a quantidade exata para o tratamento. Com isso, além de economizar, evita os riscos de efeitos adversos e intoxicação pelo consumo das sobras de remédios estocados em casa. E reduzem-se o desperdício e o descarte de produtos no meio ambiente.
No último levantamento do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fiocruz, os principais agentes de intoxicação em crianças menores de cinco anos — a fase oral e de grande interesse pelo meio em que se vive — são medicamentos (36,1%), seguidos por artigos de higiene e desinfecção (21,6%). Até os 14 anos nas intoxicações por diversas substâncias, 98,7% dos episódios ocorreram em casa. A maioria são meninos (58,2% dos pacientes).
Quase sempre, as intoxicações acontecem por descuido. Há casos em que a criança encontrou o remédio ainda na embalagem, mal fechada e jogada na lata de lixo. Meninos e meninas tendem a repetir o comportamento de adultos. Mesmo drogas de venda livre, como paracetamol e ácido acetilsalicílico, causam problemas graves se mal usados.
Confira medidas para prevenir acidentes com medicamentos:
:: Mantenha todos os produtos tóxicos em local seguro e trancado, fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças, de modo a não despertar sua curiosidade. Os remédios são ingeridos por crianças que os encontram em local de fácil acesso, deixados pelo adulto;
:: Nunca deixe de ler o rótulo ou a bula antes de usar qualquer medicamento;
:: Evite tomar remédio na frente de crianças;
:: Não dê remédio no escuro para que não haja trocas perigosas;
:: Não utilize remédios sem orientação médica;
:: Mantenha os medicamentos nas embalagens originais;
:: Cuidado com remédios de uso infantil e de adulto com embalagens muito parecidas. Erros de identificação podem causar intoxicações graves e, às vezes, fatais;
:: Nunca use medicamentos com prazo de validade vencida;
:: Descarte remédios vencidos; não guarde restos de medicamentos.
:: Despeje o conteúdo no vaso sanitário ou na pia e lave a embalagem antes de descartá-la. Nunca coloque a embalagem com o seu conteúdo na lixeira;
:: É importante que a criança aprenda que remédio não é bala, doce ou refresco. Quando sozinha, ela poderá ingerir o medicamento.
Atualmente, a legislação permite o fracionamento de determinados medicamentos (são 800 na lista da Agência Nacional de Vigilância, Anvisa), mas não os torna obrigatórios. O autor da lei, deputado Dr. Aluizio (PV-RJ), argumenta que os medicamentos estão entre as principais causas de intoxicação de crianças, correspondente a 36,1% dos casos. Como é comum as pessoas guardarem os restos deles durante ou após o uso, o perigo é constante.
— As intoxicações respondem por aproximadamente 7% de todos os acidentes em crianças menores de 5 anos e estão relacionadas a cerca de 2% de todas as mortes na infância no mundo — afirma o parlamentar.
A proposta de Aluizio também tem uma razão econômica, defendida por entidades como a Proteste Associação de Consumidores e o Instituto Ethos, que lançaram uma campanha pela conscientização da medida em 2010. O argumento é que, apesar da venda de remédios fracionados ser permitida no país há mais de seus anos, até hoje os consumidores brasileiros pouco conhecem sobre isso e encontram dificuldades para comprar medicamento na quantidade exata para o tratamento prescrito.
Dados de ambas entidades revelaram que, até agora, só 15 laboratórios pediram o registro da Anvisa para produzir 175 tipos de produtos fracionados, a maioria deles genéricos. A vantagem é que, com a oferta de medicamentos fracionados, o consumidor pode comprar a quantidade exata para o tratamento. Com isso, além de economizar, evita os riscos de efeitos adversos e intoxicação pelo consumo das sobras de remédios estocados em casa. E reduzem-se o desperdício e o descarte de produtos no meio ambiente.
No último levantamento do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fiocruz, os principais agentes de intoxicação em crianças menores de cinco anos — a fase oral e de grande interesse pelo meio em que se vive — são medicamentos (36,1%), seguidos por artigos de higiene e desinfecção (21,6%). Até os 14 anos nas intoxicações por diversas substâncias, 98,7% dos episódios ocorreram em casa. A maioria são meninos (58,2% dos pacientes).
Quase sempre, as intoxicações acontecem por descuido. Há casos em que a criança encontrou o remédio ainda na embalagem, mal fechada e jogada na lata de lixo. Meninos e meninas tendem a repetir o comportamento de adultos. Mesmo drogas de venda livre, como paracetamol e ácido acetilsalicílico, causam problemas graves se mal usados.
Confira medidas para prevenir acidentes com medicamentos:
:: Mantenha todos os produtos tóxicos em local seguro e trancado, fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças, de modo a não despertar sua curiosidade. Os remédios são ingeridos por crianças que os encontram em local de fácil acesso, deixados pelo adulto;
:: Nunca deixe de ler o rótulo ou a bula antes de usar qualquer medicamento;
:: Evite tomar remédio na frente de crianças;
:: Não dê remédio no escuro para que não haja trocas perigosas;
:: Não utilize remédios sem orientação médica;
:: Mantenha os medicamentos nas embalagens originais;
:: Cuidado com remédios de uso infantil e de adulto com embalagens muito parecidas. Erros de identificação podem causar intoxicações graves e, às vezes, fatais;
:: Nunca use medicamentos com prazo de validade vencida;
:: Descarte remédios vencidos; não guarde restos de medicamentos.
:: Despeje o conteúdo no vaso sanitário ou na pia e lave a embalagem antes de descartá-la. Nunca coloque a embalagem com o seu conteúdo na lixeira;
:: É importante que a criança aprenda que remédio não é bala, doce ou refresco. Quando sozinha, ela poderá ingerir o medicamento.
Fonte Zero Hora
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