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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Cientistas identificam compostos que atacam múltiplas cepas da malária


Um aspecto importante é que os parasitas têm opções limitadas para desenvolver resistência aos compostos

WASHINGTON - Uma equipe de cientistas identificou mais de 30 compostos com efeitos promissores contra múltiplas cepas do parasita que causa a malária, segundo artigo publicado na revista Science.
Um aspecto importante desta pesquisa é que os parasitas provavelmente têm opções limitadas para desenvolver sua resistência a estes compostos.

A malária é uma doença causada por um parasita do gênero Plasmodium, transmitida pela picada de mosquitos infectados. Apenas o gênero anófeles do mosquito transmite a malária, que registra mais de 210 milhões de casos anualmente no mundo todo.

Segundo o relatório regional mais recente da Organização Pan-Americana da Saúde, em 2008 foram contabilizados na região 560.298 casos de malária, 30% menos dos notificados pelos Estados-membros em 2007.

A partir de 2005 foi registrada na região uma grande queda na transmissão desta doença que incapacita e reduz a qualidade de vida de uma porção considerável da população do continente.

Os sintomas da malária incluem febre, vômito e dor de cabeça. A forma clássica de manifestação é febre alta, suor e calafrios que aparecem de 10 a 15 dias depois da picada do mosquito.

Entre os compostos usados para combater o parasita estão a cloroquina e a artemisina, mas já existem cepas do parasita que desenvolveram resistência a estes medicamentos.

Jing Iuane, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Contagiosas, e seus colegas buscaram novos compostos contra a malária ou combinações deles que pudessem ser eficazes a longo prazo.

Os pesquisadores empregaram um método de análise de alto rendimento nos testes de quase três mil compostos cujo uso para humanos e animais está aprovado, e encontraram 32 compostos, altamente ativos, que inibem o crescimento de pelo menos 45 cepas diferentes de parasitas da malária no mundo todo.

Em seguida, os cientistas analisaram o genoma de 61 cepas do parasita e determinaram que as muitas diferenças em suas respostas aos compostos estão relacionadas com apenas três genes.

De acordo com o artigo, estas descobertas oferecem esperanças de tratamento contra os parasitas resistentes aos medicamentos utilizados até agora contra a malária.

Fonte Estadão

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