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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

“É preciso que a violência contra profissionais de saúde termine”, diz CICV


Uma pesquisa realizada em 16 países no mundo todo, constatou que milhões de pessoas poderiam ser salvas se a prestação de assistência médica fosse mais respeitada
Um relatório divulgado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha constatou que os ataques aos profissionais, aos estabelecimentos e aos veículos de assistência à saúde em conflitos ou revoltas violentas impedem pessoas de receber assistência médica quando elas mais precisam.

De acordo com o diretor geral do CICV, Yves Daccord, é necessário que a violência contra os estabelecimentos e os profissionais de saúde termine. Segundo ele, o custo humano é assustador e muitos civis e combatentes morrem em consequência de suas feridas, simplesmente porque são impedidos de receber assistência médica a tempo.

Segundo o Dr. Robin Coupland, que dirigiu a pesquisa realizada em 16 países no mundo todo, milhões de pessoas poderiam ser salvas se a prestação de assistência médica fosse mais respeitada.
Para ele, a conclusão mais impactante é que um grande número de pessoas morre, não porque sejam vítimas diretas de um tiroteio ou de uma explosão de uma bomba colocada em uma estrada, mas sim porque a ambulância não chega a tempo, porque os profissionais de assistência à saúde são impedidos de realizar seu trabalho, porque os hospitais são alvos dos ataques, ou simplesmente porque o ambiente ao redor é perigoso demais para prestar assistência médica.

Em 2009, um atentado a bomba em Mogadíscio causou a morte de mais de 20 pessoas, a maioria delas acabava de se formar em Medicina. O ataque a esses jovens médicos não só acabou com suas vidas de maneira prematura, mas também arruinou a oportunidade de dezenas de milhares de pessoas de receberem assistência médica nos meses e nos anos posteriores.

De acordo com Daccord, a violência que impede de prestar assistência médica constituiu uma das tragédias humanitárias mais urgentes e, ao mesmo tempo, ignoradas dos dias de hoje.
Ele lembra que hospitais no Sri Lanka e na Somália são bombardeados, ambulâncias na Líbia são alvos de disparos, paramédicos na Colômbia são assassinados, pessoas feridas no Afeganistão definham durante horas em veículos que fazem fila nos postos de controle. É um problema que arrastamos há anos e que tem que acabar.

Abordar este problema na prática exigirá um diálogo humanitário, o respeito pelo Direito e a adoção das medidas oportunas por parte dos Estados, das forças armadas e dos atores não estatais, afirmou Daccord.
Os ataques deliberados aos profissionais, aos estabelecimentos e ao transporte de assistência à saúde, assim como aos feridos e aos doentes, violam o Direito Internacional. As Convenções de Genebra e seus Protocolos adicionais estabelecem o direito dos feridos e dos doentes – combatentes e civis – que devem ser respeitados e protegidos durante os conflitos armados e devem receber assistência à saúde de maneira oportuna.

Fonte SaudeWeb

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