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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Minas Gerais registra oito novos casos de superbactéria

Estado contabiliza 118 pessoas contaminadas pela KPC desde 2009

A Funed (Fundação Ezequiel Dias) confirmou nesta quarta-feira (10) o registro de mais oito casos da bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), popularmente conhecida como superbactéria em Minas Gerais só em agosto. Esses são os primeiros resultados de exames feitos no Estado para identificação dessa superbactéria, que é resistente a diversos tipos de antibióticos.

A partir de agora serão gastos apenas cinco dias úteis ou 48 horas - em casos de surtos - para obtenção da prova. Antes, as demandas eram encaminhadas para a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, e os resultados demoravam em média 45 dias.

Com as confirmações divulgadas, Minas Gerais contabiliza 118 casos da superbactéria desde 2009, de acordo com a farmacêutica Carlene Alves, do serviço de doenças bacterianas e fúngicas da Funed.

Já a Secretaria Estadual de Saúde não soube informar o número de casos confirmados. Por nota, foi informado que entre dezembro de 2009 e março de 2010 foram 21 casos notificados em Belo Horizonte. Já entre o período de junho a setembro de 2010 ocorreram nove notificações na capital. Nova Lima contabilizou mais dois casos.

Outras 19 ocorrências foram notificadas por laboratórios particulares e repassados às secretarias de saúde do Estado e de Belo Horizonte.

A subnotificação pode ocorrer, de acordo com o coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologista, Carlos Starling, em função da precariedade dos laboratórios.
Dados do Ministério da Saúde mostram que 60% dos hospitais no país não têm laboratórios de microbiologia que funcionam corretamente.

O exame para detecção da superbactéria, que requer alta tecnologia, é feito via biologia molecular. A KPC é um mecanismo de resistência de bactérias a um grupo de antibióticos. Ao adquirir uma enzima, a bactéria se tornou resistente a determinados tipos de medicamento, incluindo os mais potentes contra infecções.

- A KPC acomete geralmente pessoas internadas em CTIs (Centro de Terapia Intensiva). Até 70% dos casos provocam morte.

Além dos cuidados que os profissionais de saúde e os hospitais precisam tomar, os visitantes e acompanhantes também precisam se prevenir. Essas pessoas precisam, por exemplo, lavar bem as mãos logo após tocar em superfícies do hospital.

Veja abaixo mais medidas de prevenção:


 Medidas de prevenção para evitar o contágio pela superbactéria
PopulaçãoHospitais e profissionais de saúde
. Evite o contato direto com pacientes infectados. Isolamento dos pacientes infectados ou suspeitos de infecção
. Lave as mãos antes e depois de ter contato com pacientes infectados. Para entrar em contato com os pacientes isolados, uso de equipamentos de proteção individual, como avental e luvas descartáveis
. Não abuse de antibióticos; tome com orientação médica. Higienização das mãos antes e depois de contato com qualquer paciente
. Evite tocar as superfícies hospitalares, como camas, portas e paredes. Esterilizar adequadamente os instrumentos médicos


Fonte R7

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