“De qualquer forma, a objeção que a mobilidade teve no passado, está caindo por terra na medida em que o wireless se torna mais poderoso, mais barato e amigável.”
Esta é a conclusão da nova pesquisa promovida pela Frost & Sullivan com usuários de dispositivos móveis da área da saúde.
Kenneth Kleinberg, consultor de Advisory Board, concorda com esta perspectiva. “Existe uma grande onda de interesse no uso de tablets e smartphones por médicos”, avalia. “Eles vão usar qualquer tipo de tecnologia que torne seu trabalho mais rápido e fácil.”
A Frost & Sullivan projetou que o uso do smartphone na América do Norte vai saltar de 24% para 67% até o ano de 2015. Neste quesito, os médicos estão à frente da população comum. Afinal, 64% desses profissionais já estavam usando smartphones em março de 2010, de acordo com o estudo realizado pela Manhattan Research. A pesquisa da Frost também observou que as aplicações de smartphone para a área da saúde incluem referências a drogas e ferramentas clínicas de diagnóstico em tempo real, mantendo o cadastro dos pacientes.
O estudo concluiu ainda que os “registros eletrônicos de saúde (EHRs) podem ser acessados via smartphone, permitindo comunicar-se virtualmente em qualquer lugar, a qualquer momento, inclusive no ponto de atendimento”.
A pesquisa observou, entretanto, que o smartphone possui limitações na tela e no processador, podendo fornecer informações incompletas ou demandar muito tempo para realizar consultas por meio de múltiplas telas.
A pesquisa lembra que os tablets estiveram por perto desde 1980 e, como nota Kleinberg, tiveram algum impacto na área da saúde. “De qualquer forma”, observa a Frost & Sullivan, “o mais fino, mais barato, que dispõem de versões com mais recursos está pegando a indústria de dispositivos móveis como uma onda. Essas novas interações, lançadas pela lista crescente de fornecedores de primeira linha, tem um significado em potencial para o setor da saúde.”
Entre as principais formas de uso dos tablets estão aplicações para “diagnóstico de imagens e vídeo, de fácil acesso educacional, além de incluir ferramentas de referências, com apenas um click pode-se acessar lista eletrônica de pacientes”, concluiu o relatório.
Kleinberg aponta que os clínicos não poderão fazer uso dos EHRs nem em tablets nem em smartphones, a menos que os fornecedores de software desenvolvam aplicações nativas.
A explosão de mobilidade na área médica caminha ao mesmo tempo em que as tecnologias estão sendo desenvolvidas, nota Kleinberg. Grandes empresas são capazes de investir em todas as frentes, mas as de menor porte podem ter que adiar a concepção nativa de aplicações móveis. A nova geração de dispositivos para uso efetivo da EHRs “está quase lá”, disse. Um médico pode documentar a consulta em iPad, por exemplo, usando a tela sensível ao toque, escrita digital e reconhecimento de voz.
Mas o fluxo de trabalho não tem sido suficientemente abordado. Deve-se reduzir o número de telas e a quantidade de dados, disse. Aplicações devem ser projetadas com características mais inteligentes.
iPads são perfeitamente capazes de lidar com estas questões, tais como visualizações de imagens digitais ou tirar fotografias de pacientes para mostrar suas condições, disse Kleinberg. E os médicos podem usar diferentes dispositivos móveis para organizar o sistema de entrada de pedidos, desde que não esperem muito para tomar essa decisão, adicionou.
A maior vantagem dos dispositivos móveis, disse, é que eles têm potencial para aumentar uso de TI entre os médicos, porque eles adoram seus smatphones e iPads.
Fonte SaudeWeb
Nenhum comentário:
Postar um comentário