Festas da empresa e bebida alcoólica à vontade podem resultar em momentos constrangedores protagonizados pelos funcionários da empresa. Mas, segundo uma psicóloga da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, essa combinação não tem a ver somente com a quantidade de drinques consumidos, mas também com a percepção que se tem sobre o ambiente.
O cérebro "compensa" a desinibição inicial que surge depois de algumas doses quando o local está associado ao álcool, como um bar ou a própria casa, diz a pesquisadora. Ou seja, o órgão cria um certo "controle mental" para os efeitos da bebida e o comportamento do bebedor.
O mesmo processo, porém, não funciona no trabalho, relacionado a um lugar onde se costuma estar sóbrio e focado. O controle diminui e os funcionários acabam fazendo, digamos, o que lhes dá na telha.
Publicada na revista "Alcohol and Alcoholism", a pesquisa se baseou em testes com um grupo pequeno de amostragem: 24 voluntários simularam em um computador seus níveis de inibição em dois ambientes diferentes, ao mesmo tempo que ingeriram bebidas alcoólicas.
Os pesquisadores descobriram que, conforme o tempo passava, os voluntários desenvolveram uma "tolerância" para a desinibição provocada pelos drinques.
Mas quando colocados em um ambiente não associado ao álcool, suas inibições diminuíram.
"Isso provavelmente explica por que as pessoas fazem coisas na festa da empresa que se arrependem no dia seguinte", comenta Suzanne Higgs, coordenadora da pesquisa que pertence ao departamento de psicologia da universidade.
É como se o cérebro, depois de ter acompanhado seu dono a vários bares, tivesse "aprendido" a maneirar, mas fica perdido quando está na festa da empresa.
Fonte Folhaonline
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