Remédios para insônia ou para ansiedade não são brinquedos. Segundo um novo estudo, tomar esses medicamentos pode reduzir a expectativa de vida de uma pessoa.
Os participantes do estudo que afirmaram tomar medicação para insônia e ansiedade pelo menos uma vez no mês tiveram uma taxa de mortalidade durante o período de 12 anos de 15,7%. Em comparação, os entrevistados que não relataram uso de medicação tiveram uma taxa de mortalidade de 10,5%.
Depois de levar em conta outros fatores que podiam afetar as taxas de mortalidade, como o álcool e o tabaco, a saúde física, o nível de atividade física e sintomas de depressão, os pesquisadores observaram que as pílulas para dormir ou para ansiedade aumentaram cerca de 36% o risco de morrer durante o período de 12 anos.
As maiores diferenças na taxa de mortalidade entre os usuários e não-usuários dos medicamentos foram observadas no grupo etário dos 55 a 64 anos e dos 65 a 74 anos.
As novas descobertas são baseadas em pesquisas realizadas com mais de 14.000 canadenses, com idades entre 18 a 102 anos. O estudo começou em 1994.
A cada dois anos, os participantes responderam perguntas sobre sua demografia social, estilo de vida e saúde. Eles também responderam a perguntas sobre o uso de drogas sedativas, nomeadamente tranquilizantes como Valium, ou pílulas para dormir, como Nytol.
Ainda não está clara a relação dos medicamentos com a taxa de mortalidade, mas os pesquisadores acreditam que seja porque soníferos e ansiolíticos afetam o tempo de reação, atenção e coordenação das pessoas, e assim podem contribuir para quedas e outros acidentes.
Os medicamentos também podem agravar certos problemas de respiração durante o sono. E alguns dos medicamentos atuam sobre o sistema nervoso central de forma que podem afetar o julgamento e, portanto, aumentar o risco de suicídio.
O conselho dos pesquisadores é que os médicos indiquem terapias comportamentais cognitivas, que têm mostrado bons resultados no tratamento de insônia e ansiedade, ao invés da ingestão de medicamentos, para evitar esse tipo de consequência.
Fonte hyperscience.com
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