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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Droga com flor do Egito antigo combate câncer em cobaias

Um novo remédio feito com uma flor que já tinha usos medicinais no Egito antigo pode destruir células de câncer, diz uma pesquisa realizada por cientistas britânicos.

A nova droga produzida a partir do açafrão-do-prado (Colchicum autumnale) circula na corrente sanguínea, mas só é ativada por uma substância química emitida por tumores malignos.

Segundo o estudo, ela ataca as células cancerosas que se espalharam, mas deixa intactos os tecidos saudáveis.

O remédio foi testado com sucesso em camundongos contra câncer de mama, intestino, pulmão e próstata, mas deve ser eficiente contra qualquer tipo de tumor sólido, afirmam os pesquisadores.

Nos testes de laboratório, metade dos camundongos ficou completamente curada após uma única injeção da droga e houve redução no ritmo de crescimento dos tumores em todos os animais testados.
Os testes clínicos devem começar em até dois anos.


Arnhoffer Károly/Creative Commons
O extrato do açafrão-do-prado (foto) tem histórico de uso medicinal e como veneno na Grécia e no Egito antigos
O extrato do açafrão-do-prado (foto) tem histórico de uso medicinal e como veneno na Grécia e no Egito antigos

"INANIÇÃO"
Os pesquisadores dizem que a chave para o sucesso do tratamento é que ele é ativado por uma enzima usada pelos tumores para invadir os tecidos a seu redor.

Uma vez ativado, o remédio destrói as veias que alimentam o tumor e faz com que o câncer morra de "inanição".

"O que criamos é, efetivamente, uma 'bomba inteligente', que pode ser direcionada para matar qualquer tumor sólido, aparentemente sem danificar os tecidos saudáveis", comentou o líder da pesquisa da Universidade de Bradford, Laurence Patterson.

VENENO
O extrato do açafrão-do-prado tem um histórico de usos medicinais e também como veneno na Grécia e no Egito antigos.

Mais frequentemente, a substância colchicina, retirada da planta, é usada no tratamento de crises de gota.

Tentativas anteriores de usá-la no combate ao câncer fracassaram devido à alta toxicidade do composto, mas o problema teria sido resolvido depois que a equipe britânica conseguiu torná-la inofensiva até entrar em contato com um tumor.

A nova droga pertence à mesma família de remédios do Paclitaxel, o agente de quimioterapia mais usado no mundo, produzido a partir da casca da árvore Taxus brevifolia.

"Se [os resultados] forem confirmados em testes de laboratórios mais extensos, os remédios baseados nessa abordagem podem ser muito úteis como parte de uma combinação de tratamentos contra diversos tipos de câncer", disse Paul Workman, do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres.

Pacientes do Hospital de St. James, em Leeds, poderão ser os primeiros a testar o novo remédio dentro de 18 a 24 meses.

Fonte Folhaonline

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