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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tratamentos alternativos podem descartar remoção do útero

Cirurgia de histerectomia deve ser a última opção para mulheres

A histerectomia, remoção cirúrgica do útero, é o procedimento ginecológico cirúrgico mais comumente realizado. Em 2005 foram feitas mais de 500 mil cirurgias como essa só nos Estados Unidos. As distribuições das diferentes abordagens cirúrgicas foram: abdominal (64%), vaginal (22%) e laparoscópica (14%). No entanto, sua frequência parece estar diminuindo, possivelmente devido ao surgimento de terapias menos invasivas para tratar o problema.

Uma vez tomada a decisão de fazer a histerectomia, a ginecologista e a paciente devem decidir se o procedimento será realizado por via abdominal, vaginal ou laparoscópica. A melhor abordagem cirúrgica depende de inúmeros fatores e deve se avaliada individualmente para cada caso. A via escolhida depende de circunstâncias clínicas da mulher e da perícia técnica da ginecologista.

Há cinco grandes categorias de diagnóstico que podem sugerir a cirurgia de histerectomia:

1. Miomas uterinos;

2. Prolapso de órgãos pélvicos;

3. Dor pélvica ou infecção, como, por exemplo, a endometriose, que é uma doença inflamatória pélvica;

4. Sangramento uterino anormal;

5. Doenças malignas e pré-malignas.

A razão para se realizar uma histerectomia, seus riscos e seus benefícios, os procedimentos alternativos e as expectativas devem ser discutidos com a paciente detalhadamente. O consentimento desta é fundamental para o sucesso da cirurgia.

Se não houver risco de vida (hemorragia, por exemplo), a decisão de prosseguir com a histerectomia deve ser feita mutuamente pela mulher e seu médico com base em seu comprometimento funcional, seus planos de engravidar, sua resposta à terapêutica clínica, na discussão de alternativas e na percepção de que os riscos do procedimento são menores do que os benefícios esperados.

Tratamentos alternativos
Alternativas clínicas e cirúrgicas à histerectomia dependem da doença e devem ser sempre pensadas antes da retirada do útero. O procedimento deve ser a última opção terapêutica para doenças benignas, já que se trata de uma cirurgia de grande porte. Além disso, ela também tem relação com aspectos psicológicos, já que o útero é um dos principais órgãos relacionados à feminilidade, pois é ele que dá a mulher a capacidade de ser mãe.

Veja algumas opções:
Embolização das artérias uterinas e/ou miomectomia por suas várias vias podem ser usadas para tratar mioma sintomático;

Prolapso genital pode ser tratado cirurgicamente com exercícios do assoalho pélvico;

Controle da dor pode ser capaz de recuperar pacientes com dor pélvica intratável para um estado funcional, sem cirurgia;

Ablação endometrial, que é a remoção da camada interna do útero, pode ser uma terapia eficaz para sangramento uterino excessivo;

Terapia médica usando análogos de GnRH ou outras medicações que ajudam a reduzir o desconforto associado à endometriose;

Hiperplasia endometrial às vezes pode ser tratada clinicamente com hormônios.

Atualmente, a tendência é evitar a histerectomia em casos de doenças benignas, utilizando a retirada do útero como última opção em casos extremos em que as alternativas falham. Buscamos melhorar a situação clínica da paciente da maneira menos agressiva possível.

O mais importante, quando há problemas uterinos que podem acabar em histerectomia, é a paciente receber o máximo de informações sobre suas possibilidades de tratamento e ter a liberdade de decidir, junto com sua médica, o que é melhor para sua saúde.

Fonte Minha Vida

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