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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cresce demanda por acreditação no norte e nordeste, segundo ONA

A entidade certificadora realizou 47 diagnósticos em organizações de saúde nos estados das duas regiões

Os estados da região sul e sudeste concentram o maior número de instituições acreditadas, ou seja, certificadas por sua qualidade assistencial. No entanto, um levantamento conduzido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) demonstra que é possível encontrar serviços com ótima estrutura em algumas cidades das regiões norte e nordeste. Recife e Fortaleza são, por exemplo, consideradas pólos de atendimento à saúde.

Apesar disso, são poucas organizações que conquistaram a certificação concedida pela ONA, se comparados aos números das regiões Sul e Sudeste. Entre as dificuldades, ele aponta a distância geográfica em relação ao centro do País e a falta de Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs) regionais, embora todas as Instituições possuam atuação nacional.

Segundo Jaqueline Gonçalves, da ONA, algumas organizações de saúde da região Norte e Nordeste demonstram preocupação em oferecer serviços de qualidade, em atender aos padrões do Sistema Brasileiro de Acreditação (SBA). “Desde 2007, quando a ONA iniciou o processo de acompanhamento dos diagnósticos organizacionais (DOs) – que embora seja uma etapa facultativa e não faça parte do processo de certificação, permitem verificar os sistemas de assistência, gestão e qualidade das organizações de saúde antes da avaliação de certificação – foram realizados 47 diagnósticos em organizações de saúde nos estados das duas regiões”.

Veja a distribuição na tabela a seguir:

Estado Diagnósticos
AP 01
BA 18
CE 05
MA 01
PA 10
PB 02
PE 05
RN 03
AM 01
SE 01
TOTAL 47

Exemplos de desempenho
Processo de Acreditação no Hospital Regional Unimed

Em 2000, a diretoria do Hospital Regional Unimed, em Fortaleza, Ceará, solicitou a primeira visita para o diagnóstico inicial da instituição, recebendo a certificação, como Acreditado (Nível I), em março de 2002. Durante os quatro anos seguintes, o Hospital entrou em processo de consolidação das práticas conquistadas por meio da certificação.

Em 2006, quando foi implantado o Núcleo de Controle de Qualidade (NCQ) do Hospital, o processo de busca do segundo nível da certificação ONA foi iniciado, com o objetivo de consolidar as práticas dentro da instituição, dando continuidade à reformulação do sistema de gestão da qualidade.

Com as novas metodologias, implantadas em dezembro de 2007, o HRU alcançou a Acreditação Plena (Nível II). Nos últimos anos, a gestão da qualidade se consolidou, tornando-se cada vez mais fundamental na conquista pela melhoria dos processos no Hospital, segundo avaliação da própria diretoria, o que permitiu atingir a Acreditação com Excelência (Nível III), já em dezembro de 2009.

O HRU obteve diversos avanços na gestão e na assistência ao paciente, como a consolidação do planejamento estratégico e a melhoria na utilização da capacidade instalada do Hospital. Isso é confirmado pelos números que apresenta, em comparação com os resultados registrados em 2004, antes do início do processo de acreditação: aumento de 93% no número de pacientes-dia; de 27,91% na taxa de ocupação; de 138% no número de cirurgias e de 37,03% nos procedimentos hemodinâmicos.

Os processos foram mapeados e otimizados, confirmando também a diminuição no tempo médio de espera na emergência, melhoria no prazo e na qualidade da entrega dos exames. Além disso, o HRU criou uma unidade para o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), que gerencia a capacidade instalada do Hospital.

A implantação de protocolos assistenciais das patologias de maior prevalência e risco (Prevenção de Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica, Prevenção de Infecção de Corrente Sanguínea associada a Cateter Venoso Central, Prevenção de Infecção de Sitio Cirúrgico, Time de Resposta Rápida, Reconciliação Medicamentosa) resultaram na redução de 30% na taxa de PAV geral do hospital, de 2007 para 2010 e de 55% na taxa de infecções por CVC, de 2008 para 2010.

Fonte SaudeWeb

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