O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defendeu hoje que se os médicos deixarem de fazer horas extraordinárias, tal como anunciado pelos sindicatos, o sistema pode entrar em colapso.
José Manuel Silva falava em conferência de imprensa, após uma reunião com o seu homólogo espanhol para analisar as políticas do medicamento nos dois países ibéricos, bem como as implicações na Saúde da situação político-económica que se vive no espaço europeu.
Para o bastonário, não conhecer as especificidades da carreira e atribuir o mesmo pagamento aos médicos do que a outros funcionários públicos é um erro.
O presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Carlos Arroz, anunciou hoje que a partir do dia 02 de janeiro os médicos não farão uma única hora extraordinária, nem sequer as 12 a que atualmente são obrigados.
Em causa está o Orçamento do Estado para 2012, que estabelece novas formas de pagamento das horas extraordinárias, não contemplando qualquer exceção para os médicos.
Em virtude desta alteração, os dois sindicatos – SIM e Federação Nacional dos Médicos (FNAM) – decidiram tomar uma posição conjunta e vão fazer greve às horas extraordinárias.
Isto porque, segundo Carlos Arroz, o pagamento melhorado das horas extraordinárias realizadas pelos médicos, e até agora em vigor, foi definido em 1979 (anterior à criação do Serviço Nacional de Saúde) e contemplava um conjunto de obrigações para estes profissionais.
Fonte Destak
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