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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Veja quais são os fatores de risco para câncer de mama

Uma nova revisão de estudos avaliou os fatores ambientais que podem causar câncer de mama.

Os dados mais consistentes mostram que as mulheres podem reduzir o risco evitando exposição desnecessária a radiação de exames, tratamentos de reposição hormonal, reduzindo o consumo de álcool e perdendo peso.

Manter a forma, porém, só serve para evitar tumores que aparecem após a menopausa, não os que surgem em mulheres mais jovens.

O excesso de tomografias computadorizadas, que emitem uma dose relativamente alta de radiação, foi um dos pontos mais preocupantes. Mas o relatório afirma que não é necessário evitar testes de mamografia, que emitem níveis mais baixos de radiação que a tomografia.

O trabalho foi publicado na quarta-feira (7) pelo Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências dos EUA, e apresentado em um congresso sobre câncer de mama que acontece no Texas.

Com 364 páginas, o relatório levou dois anos para ficar pronto. Um comitê de 15 especialistas contribuíram para o trabalho, patrocinado pelo grupo Susan G. Komen for the Cure, organização que luta contra o câncer de mama, ao custo de US$ 1 milhão.

Editoria de arte/folhapress

QUÍMICOS
Esperava-se que o relatório fosse trazer respostas sobre o grande número de produtos químicos a que as pessoas estão expostas --por causa de poluição, uso de cosméticos e produtos de limpeza e consumo de alimentos industrializados.

Mas ainda há pouca informação científica sobre muitas substâncias que são alvo de preocupação.

"Nos últimos 20 anos, os Institutos Nacionais de Saúde e as fundações privadas gastaram muito para tentar identificar fatores de risco para câncer de mama", afirma Irva Hertz-Picciotto, diretora do comitê de especialistas que publicou o trabalho.

"É desalentador que tão pouco tenha sido determinado depois de tantos gastos."

O estudo achou associações prováveis entre o câncer de mama e o fumo passivo, trabalhar à noite e a exposição a produtos químicos como benzeno, óxido de etileno e 1,3-butadieno, que são encontrados em escapamento de carro, vapor de gasolina e fumaça de cigarro.

Há uma risco menor pelo contato com o bisfenol A (BPA), aditivo usado em plásticos do tipo policarbonato, presente em produtos como alimentos enlatados.

O BPA simula a ação do estrogênio, hormônio que pode alimentar o crescimento de alguns tipos de câncer de mama. O uso da substância em mamadeiras foi proibido no Brasil em setembro pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O relatório ainda recomenda, com base em evidências científicas não conclusivas, que é preciso fazer mais exercícios e não fumar.

Mas mesmo quem seguir todas as recomendações dos especialistas não tem garantia de segurança. "A redução de risco por meio de qualquer uma dessas ações varia de mulher para mulher e pode ser modesta", diz o texto.

Fonte Folhaonline

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