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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Indústria brasileira da saúde movimenta US$ 2 milhões na Alemanha

Expectativa das 51 empresas brasileiras participantes da feira Medica é fechar US$ 20 milhões de negócios nos próximos 12 meses. Fenem, Takaoka, Olsen foram alguns dos destaques

Durante os quatro dias da maior feira mundial do setor médico hospitalar, a MEDICA, 51 empresas brasileiras realizaram 3.599 contatos com executivos de 99 países, o que resultou em negócios na ordem US$ 2 milhões e expectativas de movimentar US$ 20 milhões nos próximos 12 meses. A participação brasileira no evento é uma parceria entre a Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológico (ABIMO) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

“Nossa participação foi extremamente positiva”, avalia o vice-presidente da ABIMO, Paulo Fraccaro. De acordo com o representante da entidade, foi cumprida com pleno sucesso mais uma etapa rumo às ambiciosas metas da indústria brasileira de equipamentos médicos: atingir, em 2015, 1 bilhão de dólares em negócios com o exterior e estar, dentro de 10 anos, entre os cinco maiores fabricantes mundiais de produtos médicos de alta/média densidade tecnológica.

Empresas de destaque durante a Medica:
K Takaoka
A K Takaoka, especializada em máquinas de anestesia e terapia intensiva, fechou negócios no valor de quase U$ 80 mil e espera concluir contratos em torno de U$ 500 mil a partir das reuniões realizadas na MEDICA. “Esperamos um aumento de 15% a 20% em nossas vendas ao exterior”, sublinhou Luis Carlos Martins, analista de comércio exterior. A empresa lançou internacionalmente novos modelos na feira, entre eles, a máquina de anestesia Sat 500 e o ventilador de terapia intensiva Carmel.

Fanem
A Fanem, líder brasileira na fabricação de produtos de neonatologia, detém 85% do mercado nacional da incubadoras e exporta para mais de 90 países. Lançou na Medica internacionalmente os produtos da linha neonatal berço Koala e o aparelho de fototerapia para bebês Bilitron Sky. “Foi uma agradável surpresa.O volume de contatos e as expectativas de negócios gerados a partir da Medica superou todas as expectativas”, disse Djalma Luiz Rodrigues, diretor industrial da Fanem, que citou, entre outros, um negócio de U$ 270 mil fechado com um cliente marroquino, que incluiu a venda de 50 equipamentos, entre incubadoras, berços aquecidos e aparelhos de fototerapia para bebês. A empresa também encaminhou importantes negociações com executivos de países como Iraque, África do Sul, Argélia, Irã, Tunísia, Índia, Kuwait e Arábia Saudita e manteve contatos com representantes de 60 países. “Esperamos em 2012 crescer nosso faturamento no exterior em pelo menos 15%”, ressaltou Rodrigues.

Olsen
Fabricante de equipamentos médicos e odontológicos, com experiência de mais de 30 anos em cadeiras para exames clínicos, a Olsen espera fechar negócios entre U$ 150 mil a U$ 180 mil, a partir dos contatos feitos na MEDICA. Luciano Rodrigues, gerente de exportação da empresa, acredita que a participação em Düsseldorf vai abrir novos mercados para a companhia, principalmente no norte africano. “Tivemos muitas visitas de executivos daquela região”, sublinhou, destacando, também que fez contatos com representantes de cerca de 45 países e que espera, a curto prazo um crescimento de 5% a 10% no faturamento em exportação do grupo.

Bioeletron
A Bioeletron, companhia de pequeno porte especializada em equipamentos eletromédicos, estreou na MEDICA com o pé direito, já tendo encaminhado importantes negócios. Fundada há menos de dois anos, conseguiu na feira seus cinco primeiros clientes internacionais. “Calculamos que fecharemos negócios em torno de 200 mil euros nos próximos 12 meses, a partir dos contatos que fizemos em Düsseldorf“, disse Elton Rodrigues Ruas, gerente financeiro da empresa. Segundo ele, essa quantia deve representar um aumento entre 10% a 15% no faturamento esperado pela empresa no próximo ano.

Histórico Medica
O evento realizado entre os dias 16 a 19 de novembro, em Düsseldorf, na Alemanha, foi a décima participação brasileira. Em comemoração, a Abimo e a Apex-Brasil lançaram a marca internacional da indústria brasileira, a Brazilian Health Devices.

“A nova marca foi uma construção coletiva, feita a partir de uma interação com as empresas”, comenta o gerente de projetos da Apex-Brasil, Hélio Lobo.

Mercado Internacional
Em apenas uma década, o número de países compradores de equipamentos para saúde fabricados no Brasil saltou de 40 para 180. A conquista de novos mercados levou a um crescimento de 232% nas vendas externas durante o período. Estas conquistas são resultados da parceria de sucesso entre a ABIMO e a Apex-Brasil, estabelecida também há dez anos.

Por conta dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, hoje, a indústria brasileira da saúde exporta para competitivos mercados mundiais. Em 2010, as vendas para os Estados Unidos somaram US$ 141,9 milhões, 22,4% do total de exportações nacionais do setor de produtos e equipamentos de saúde. Alemanha e Bélgica estão entre os dez principais compradores dos produtos fabricados no Brasil.

De acordo com a ABIMO existem cerca de 980 projetos de pesquisa e desenvolvimento do setor, em parceria com as mais prestigiadas instituições de ensino brasileiras, como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Fonte SaudeWeb

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