Seu rosto pode adquirir a forma da máscara.
Quem diz isso é um estudo japonês sobre máscaras respiratórias prescritas com frequência para o tratamento da apneia do sono. A pesquisa de Hiorko Tsuda, Ph.D., professor assistente na clínica bucal geral do Hospital da Universidade Kyushu, Japão, encontrou possível alteração craniofacial após o uso prolongado de um tratamento chamado de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP).
Dr. Tsuda relata seus achados na edição de outubro do CHEST Journal. A terapia CPAP geralmente é o primeiro tratamento buscado por pacientes diagnosticados com apneia obstrutiva do sono. O distúrbio é caracterizado por um estreitamento da via aérea superior que bloqueia a passagem do ar e interrompe continuamente o sono.
A terapia CPAP é tipicamente um tratamento de longo prazo que envolve o uso de uma máscara facial total ou nasal durante o sono para dirigir a pressão contínua através das vias aéreas e mantê-las abertas para manter a respiração desobstruída.
O estudo do Dr. Tsuda concentrou-se em 46 pacientes japoneses com apneia do sono, 90% dos quais eram homens, que estavam sendo tratados no Centro do Sono do Hospital Kirigaoka Tsuda, Japão, entre 2005 e 2006. Foram realizados raios-X para avaliar a estrutura facial no que diz respeito à altura facial do paciente, o posicionamento da mandíbula e as posições dos dentes. Embora nenhum dos pacientes tenha notado nenhuma alteração facial, os pesquisadores perceberam diferenças aparentes, incluindo uma redução na proeminência da maxila e mandíbula, como resultado de alteração na posição das arcadas dentais e dos dentes incisivos.
Dr. Tsuda e equipe acreditam que os benefícios da CPAP superam os efeitos colaterais, mas os pacientes devem ser informados das possíveis consequências.
"Eu não diria que os usuários da CPAP devem parar de usar sua CPAP por conta desse efeito colateral", diz Dr. Tsuda. Ele afirma que mais investigações são necessárias, o que pode resultar em alterações de design das máscaras de CPAP.
Fonte colgate.com.br
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