A despesa total em saúde continuou a crescer, atingindo, em 2009, cerca de 18,2 mil milhões de euros, correspondente a 10,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e uma despesa por pessoa de 1.700 euros.
Segundo a Conta Satélite da Saúde, hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os resultados definitivos para 2008 e 2009 revelaram “uma diminuição do ritmo de crescimento da despesa total em saúde a partir de 2007, registando aumentos nominais de 3,9% e 3,7%, respetivamente”.
Segundo a Conta Satélite da Saúde, hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os resultados definitivos para 2008 e 2009 revelaram “uma diminuição do ritmo de crescimento da despesa total em saúde a partir de 2007, registando aumentos nominais de 3,9% e 3,7%, respetivamente”.
Esta variação foi basicamente determinada pela evolução da despesa corrente, que representa aproximadamente 95% da despesa total, correspondendo a parte complementar à formação bruta de capital.
Como aconteceu entre 2001 e 2005, em 2008 e 2009 a despesa corrente em saúde voltou a crescer, em termos nominais, a um ritmo superior ao do PIB (1,6% em 2008 e -2,0% em 2009), ao contrário do observado em 2006 e 2007.
No entanto, entre 2000 e 2009, a despesa corrente em saúde apresentou, em termos acumulados, uma taxa de crescimento superior à do PIB em 25,3 pontos percentuais.
“A pequena redução da despesa de capital em 2009 esteve associada à alienação de edifícios de hospitais públicos que foram adquiridos pela PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS”, adianta o INE.
Por outro lado, o ritmo de crescimento da despesa corrente em saúde abrandou entre 2008 e 2009, mantendo-se, contudo, superior ao do crescimento do PIB.
Em 2009, a despesa total e corrente em saúde atingiram respetivamente 18 224,2 e 17 256,2 milhões de euros. A despesa corrente desacelerou, aumentando, em termos nominais, 3,9%, menos 0,9 pontos percentuais que o registado em 2008.
Ainda assim, num contexto mais geral de contração da atividade económica, o seu peso em percentagem do PIB aumentou ligeiramente de 9,7%, em 2008, para 10,2% em 2009.
Em 2009, cerca de 67,6% da despesa corrente em saúde foi financiada por agentes financiadores públicos (entidades das administrações públicas, subsistemas de saúde públicos e os fundos de segurança social), contra 66,1% em 2008.
A restante despesa corrente foi suportada pelo setor privado, que incluiu os seguros, as famílias e as instituições sem fim lucrativo.
Em 2008 e 2009, a despesa em hospitais e nos prestadores de cuidados de saúde em ambulatório aumentou, em média, 4,5% e 6,5%, respetivamente.
Por sua vez, a despesa em farmácias aumentou 2,0% em 2008 e diminuiu 0,9% em 2009.
No financiamento da despesa corrente em saúde, o SNS e as famílias mantiveram-se como os principais agentes financiadores (80% do total).
Registou-se também um aumento da proporção dos subsistemas de saúde públicos (7,0% em 2008 e 7,4% em 2009) e, em sentido inverso, a diminuição da percentagem referente aos subsistemas de saúde privados (2,2% em 2008 e 1,9% em 2009).
Em 2008 e 2009, o SNS continuou a suportar mais de 50% da despesa corrente em saúde. Ainda assim, verificou-se que a proporção de despesa suportada pelo SNS, nestes dois anos, foi inferior à média registada até 2007 (56,0%).
Fonte Destak
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