A cada mil crianças, três nascem com algum comprometimento auditivo
Saber se as crianças enxergam bem é uma das grandes preocupações dos pais com filhos em idade escolar. Mas, tão importante quanto entender o que está escrito na lousa é ouvir com clareza o que o professor diz. O cuidado com a saúde auditiva não costuma fazer parte dos exames de rotina, mas as estatísticas provam que os ouvidos estão cada vez mais expostos a ruídos nocivos.
— Pesquisas alertam que pessoas com menos de 30 anos estão apresentando problemas auditivos antes mesmo dos seus pais e avós — afirma a fonoaudióloga Talita Donini.
De acordo com dados do Hear the World — iniciativa mundial da Phonak, que tem por objetivo conscientizar o público em geral sobre os cuidados com a audição — a cada mil crianças, três nascem com algum comprometimento auditivo. Aliado ao barulho do trânsito e das construções, o uso constante de celulares e aparelhos MP3 comprometem ainda mais a audição.
— Nem mesmo os bebês escapam desses estímulos precoces aos ouvidos, em função dos brinquedos sonoros que existem hoje em dia — garante a especialista.
Daí a importância da realização de avaliações audiológicas. A fonoaudióloga alerta para a procura imediata de um tratamento, caso seja detectado algum problema auditivo na criança.
— A perda auditiva é um problema grave, que compromete o desenvolvimento da linguagem — alerta a especialista.
O primeiro passo é procurar um otorrinolaringologista. O próprio pediatra pode fazer esse encaminhamento. Após a consulta, a criança deve realizar exames solicitados para avaliar a audição e, caso seja necessário, deve ser encaminhada para um fonoaudiólogo.
Para acompanhar a saúde auditiva de seus filhos, fique atento a alguns detalhes:
:: a criança não reage a barulhos fortes;
:: não atende quando é chamado pelo nome;
:: pede para aumentar o som da TV, computador ou telefone com frequência;
:: se mostra "avoada";
:: dificuldade em manter a atenção;
:: parece irritada e dificilmente faz vínculos com outras crianças;
:: prefere brincar sozinha;
:: dificuldade na alfabetização;
:: troca de fonemas na escrita;
:: dificuldade de aprendizado em geral.
Fonte Zero Hora
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