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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Mais agressivo que a TPM, Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) atinge 10% das brasileiras

Problema impede que mulheres realizem atividades cotidianas, como trabalhar

Mudanças de humor, nervos à flor da pele, ansiedade, choro fácil. Estes sintomas são velhos conhecidos das mulheres que sofrem de Tensão Pré-Menstrual (TMP). Mas o que muitas desconhecem é o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), responsável pela alteração de humor em cerca de 10% das mulheres brasileiras em idade produtiva.

Mais agressivo que a TPM, o transtorno priva a mulher de viver, uma vez que ela se sente incapaz de desempenhar suas funções diárias, sofre intensos ataques de oscilação de humor e súbita vontade de isolamento, garante a ginecologista Carolina Ambrogini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

— A serotonina é o neurotransmissor responsável pela regulação do humor e, com a proximidade da menstruação, a produção desse agente e dos hormônios caem, e a mulher torna-se instável — define a especialista.

Assim como na TPM, a TDPM altera o ritmo de vida por, no mínimo, uma semana. Mas os cuidados precisam ser redobrados, com máxima atenção a sintomas como o humor depressivo, a ansiedade, a falta de concentração, o inchaço corporal e a enxaqueca.

Enquanto na TPM as mulheres ficam alteradas e apresentam um leque de sintomas, na TDPM elas se tornam literalmente incapacitadas: desempenhar funções corriqueiras como trabalhar, por exemplo, pode se tornar uma tarefa difícil. Segundo a ginecologista, as mulheres mais aptas a desenvolver o problema são aquelas que "apresentam quadros de depressão, estresse, desequilíbrio de serotonina, ansiedade e distúrbios psicológicos, como a síndrome do pânico".

Tratamento
A prática de exercícios físicos e o simples ato de consumir um chocolate podem aliviar os efeitos da TPM. Já na TDPM as recomendações são outras. Por tratar-se de um distúrbio de neurotransmissores, não se pode falar em cura. Visto que nenhum exame pode detectar o problema, o diagnóstico realizado é clínico, e a paciente deve descrever, principalmente, os sintomas relacionados ao humor.

— O tratamento recomendado é o uso de antidepressivos, que aumentam o nível de serotonina no organismo. No entanto, existem mulheres que preferem bloquear a menstruação por meio do uso contínuo de pílulas — esclarece a médica.

Algumas recomendações ajudam a amenizar os efeitos agressivos do transtorno. Evitar chocolate, doces e cafeína são importantes, já que estes alimentos estimulam a produção de serotonina. Os exercícios aeróbicos também são aconselháveis, uma vez que propiciam a liberação de endorfina no corpo. Praticar ioga também é uma ótima dica, pois age como um calmante para os nervos.

A chegada da menstruação ameniza os sintomas, o que não significa que a mulher está livre do incômodo. O tratamento demanda tempo, paciência, e é importante que a mulher fuja de situações que possam agravar o seu estado de estresse.

Fonte Zero Hora

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