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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Excesso de álcool pode aumentar risco de arritmia cardíaca

Álcool: consumo em excesso favorece um tipo de arritmia
Análise de 14 estudos mostrou uma propensão maior de ter o problema entre bebedores contumazes

Uma nova pesquisa mostra que pessoas que bebem regularmente, especialmente em excesso, podem estar mais propensas a desenvolver fibriliação atrial, um tipo de arritmia cardíaca.

Em uma análise de 14 estudos, a equipe liderada por Satoru Kodama, do Instituto de Medicina Clínica da Universidade de Tsukuba, no Japão, constatou que pessoas que bebem em excesso apresentam maior probabilidade de desenvolver a doença do que os abstêmios ou aquelas que bebem pouco.

Apesar de ter variações, a definição de “consumo excessivo de álcool” significa o consumo de duas ou mais doses diárias no caso dos homens, e uma ou mais no caso das mulheres. Em alguns estudos, pessoas com consumo excessivo de álcool tomavam pelo menos seis doses de bebidas alcoólicas diariamente.

Ainda que os médicos já saibam que uma bebedeira pode ocasionar um episódio de fibriliação atrial, as descobertas – relatadas na revista do Colégio Americano de Cardiologia – apontam que o hábito de beber regularmente também pode ter ligação com o problema.

“O que revelamos no estudo atual é que não somente uma bebedeira isolada, mas o hábito de beber em excesso também está associado a um risco maior de fibriliação atrial”, disse Hirohito Sone, colega de Kodama no estudo, em um email enviado à Reuters Health.

A fibriliação atrial é o tipo mais comum de arritmia cardíaca e não chega a apresentar riscos de morte, mas as pessoas acometidas pelo problema correm maiores riscos de sofrer um derrame. O problema também pode ocasionar palpitações, desmaios, dores no peito e insuficiência cardíaca congestiva.

No resultado geral dos estudos, as pessoas que bebem em excesso apresentaram risco 51% maior de sofrer uma fibriliação atrial do que os abstêmios ou as pessoas que bebem ocasionalmente.
No total, o risco aumentou 8% para cada acréscimo de 10 gramas no consumo diário de álcool dos participantes.

Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, mais de 2,6 milhões de americanos sofrerão uma fibriliação atrial neste ano. O problema se torna mais comum com a idade e com fatores de risco adicionais, como pressão alta, diabetes e obesidade.

Como a doença coronariana é uma causa de morte muito mais comum que a fibriliação atrial, Sone diz que o consumo moderado de álcool – até duas ou três doses diárias – provavelmente ainda é um habito saudável para o coração para a maioria das pessoas.

Uma forma melhor de mostrar a ligação é por meio de estudos que quantificam o hábito de consumir álcool dos participantes, seguido de acompanhamento por um período de tempo para detectar aqueles que desenvolvem fibriliação atrial, disse Kenneth Mukamal, da Universidade de Harvard, e Beth Israel, do Deaconess Medical Center de Boston, que conduziram dois dos estudos incluídos na análise.

Um dos estudos de Mukamal encontrou uma ligação somente entre o consumo excessivo de álcool em homens que tomavam cinco ou mais doses diárias e um risco maior de desenvolver o problema com o passar do tempo. Mukamal disse que, com base em estudos em longo prazo, “o consumo crônico, porém moderado, de álcool apresenta poucos riscos, mas o consumo excessivo – mesmo que ocasional – aumenta o risco de forma aguda”.

Fonte iG

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