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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Tire suas dúvidas sobre a intolerância à lactose, problema comum na infância

Os sintomas são diarreia, náuseas, distensão abdominal, gases e fezes ácidas


Vicente Sayão Lobato Castro tem três anos e sete meses. Hoje, pode comer de tudo. Mas nem sempre foi assim. Diagnosticado com intolerância à lactose aos seis meses, exigiu dos pais um cuidado redobrado com a alimentação. Não podia compartilhar o leite com a família, comer bolo, doces de festa, iogurte. Aos dois anos — um e meio sem lactose na dieta — foi refeito o exame. O resultado apontou que o garoto não era mais intolerante.

— Nos aniversários, eu levava um kit para ele, com iogurte de soja e uma mamadeira com leite em pó sem lactose — conta a mãe do menino, a representante comercial Tatiana Sayão Lobato, 45 anos.

Provavelmente, você já tenha ouvido falar em casos como o de Vicente. Mas você sabe o que é esse problema, como detectá-lo e quais os cuidados que devem ser tomados? O Meu Filho consultou o pediatra Benjamin Roitman, membro do Comitê de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, e a nutricionista Magali Martins para esclarecer algumas dúvidas dos pais. As crianças intolerantes apresentam sintomas comuns a outros problemas, como alergia à proteína do leite, ou que são normais em bebês.

Mesmo com intolerância à lactose, é possível levar uma rotina normal, tomando alguns cuidados. Mas nunca se esqueça: antes de adotar qualquer medida, é importante conversar com um médico.

O que você precisa saber

:: O que é e quais são os sintomas

A intolerância à lactose é a incapacidade de digerir o principal açúcar do leite e se caracteriza pela ausência ou deficiência da enzima lactase. Os principais sintomas são diarreia, náuseas, distensão abdominal, gases e fezes ácidas.

:: Como se faz o diagnóstico
Há três exames. O teste de hidrogênio expirado, o teste de intolerância à lactose e o ph fecal. Mas, analisando a história clínica da criança, o pediatra pode fazer o diagnóstico. Para confirmá-lo, retira-se a lactose da dieta e acompanha os efeitos da mudança.

:: Intolerância em diferentes tipos
Um tipo raro de intolerância à lactose é a congênita, que nasce com o bebê. A secundária, mais comum em crianças, ocorre seguida de uma infecção intestinal (após retirar o leite da dieta e as fezes se normalizarem, pode-se voltar a consumir a bebida e seus derivados). Há também a do tipo adulto: de acordo com Roitman, atinge cerca de um quarto da população brasileira, em níveis variáveis.

:: Intolerância à lactose X alergia à proteína do leite
É uma confusão bastante comum, pois elas compartilham alguns sintomas, como diarreia e cólicas, por exemplo. No entanto, a alergia à proteína do leite, típica dos primeiros anos de vida, também pode se manifestar por meio de doenças de pele e respiratórias, assim como outras alergias.

:: Fim ou regressão
Nas crianças, é possível que a intolerância à lactose não se perpetue. E, em alguns casos, mesmo intolerantes podem ingerir leite em quantidades moderadas. Exemplo: em derivados, como queijos e iogurtes, ou em alimentos que tenham leite na composição, como pães e bolos. O consumo deve ser supervisionado por profissionais.

:: Alternativas ao leite de vaca
Os leites semi-elementares, que têm o preço bastante elevado, não são a única alternativa. Marcas de leite em pó conhecidas dos pais já contam com versões sem lactose. A partir dos seis meses, o leite de soja também pode ser considerado uma opção.

:: Ajuda do Estado
Por meio da Assistência Farmacêutica, o governo do Estado disponibiliza quatro fórmulas lácteas. Se o seu filho necessitar de alguma delas, é necessário que seja aberto um processo administrativo na Secretaria Municipal de Saúde, e o seu médico preencha o Laudo para Solicitação de Medicamento Especializado e o Cadastro de Usuários.

Fonte Zero Hora

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