Mulheres maiores teriam mais propensão a desenvolver a doença, segundo a pesquisa
Mulheres mais altas têm um uma propensão levemente maior que as mais baixas a desenvolver câncer no ovário, afirma um estudo publicado nesta quarta-feira, 4, no jornal PLoS Medicine. A pesquisa ainda afirma que a obesidade é um fator de risco entre pacientes que nunca fizeram tratamento hormonal.
A pesquisa, conduzida por especialistas de várias partes do mundo, considerou os dados obtidos em 47 estudos epidemiológicos de 14 países. Dentro deles estavam informações de 25 mil mulheres com câncer de ovário e 80 mil sem.
A professora Valerie Beral, da Universidade de Oxford, afirmou que ficou claro que a altura é um fator de risco depois que foram analisadas informações do mundo todo. Ainda segundo ela, há uma clara relação entre o câncer de ovário e a obesidade em mulheres que nunca fizeram tratamento hormonal. "O câncer de ovário pode claramente ser listado como uma doença ligada à obesidade", disse.
O Instituto de Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha afirma que o estudo dá um panorama mais claro dos fatores que afetam as possibilidades de uma mulher desenvolver câncer de ovário e mostra que o tamanho do corpo é um deles. "Mulheres podem reduzir esse risco e outras doenças ao manter um peso saudável. Para as que estão tentando perder peso, o melhor método é comer menos e melhor, além de fazer exercícios", indica Sarah Williams, do instituto.
Apesar das conclusões, o doutor Paul Pharoah, da Universidade de Cambridge, afirma que o aumento do risco é pouco significativo. "Se comparamos uma mulher de 1,50m e uma de 1,70m, há uma diferença relativa de 23% no risco do desenvolvimento do câncer. Mas a disparidade do risco absoluto é pequena. A mais baixa vai ter uma possibilidade de 16 em mil, enquanto a mais alta vai ter de 20 em mil", detalha.
Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário