O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira uma cartilha para orientar alunos de colégios particulares a buscar uma alimentação saudável. A medida inclui uma revisão dos produtos oferecidos pelas cantinas das instituições.
Embora nenhum item fique proibido, as escolas que aderirem aos esforços do ministério e se empenharem em ofertar uma alimentação balanceada, receberão um selo do governo -- que servirá tanto para diferenciar os colégios que aderirem, quanto para simbolizar aos pais quais são as instituições que manifestam a preocupação com a alimentação saudável.
Dados do ministério revelam que 30% das crianças de 5 a 9 anos no país estão acima do peso. Entre os adolescentes, de 10 a 19, esse índice é de 21%. Ao todo, são 525 mil crianças e 140 mil adolescentes no Brasil com obesidade mórbida.
"Não é uma campanha que vai deixar os alimentos com os dias contados, mas vai buscar uma alimentação balanceada, criar o hábito e combinar isso com as atividades físicas", afirmou o ministro Alexandre Padilha.
A fiscalização e o contato direto com as escolas será feito pela Federação Nacional das Escolas Particulares, que é a parceira do governo na implementação da cartilha.
Ao todo, 40 mil colégios e 6 milhões de estudantes podem ser beneficiados pela adesão.
"Esperamos que pelo menos a metade dessas escolas comecem a participar de imediato. Depois chegaremos até as mais distantes. Nossa intenção é alcançar todas elas", afirmou a presidente da federação, Amábile Pacios.
De acordo com ela, a má alimentação traz reflexos para o aprendizado. "Os alunos ficam cansados, com menos prontidão para aprender", completou.
Fonte Folhaonline
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